A Microsoft Brasil anuncia que a partir desta quarta-feira, 22, o HoloLens 2 – dispositivo de realidade mista e de experiência imersiva – será disponibilizado no País. Na apresentação da ferramenta, a empresa detalhou, com exemplos práticos, como o dispositivo já está ajudando organizações a serem mais assertivas e eficientes em seus negócios em conjunto com funcionalidades do Dynamics 365 para Mixed Reality, solução de negócios em nuvem, que podem ser utilizadas com o equipamento.
Dentre elas, o Dynamics 365 Remote Assist, que permite auditorias e inspeções remotas com o suporte de serviço de especialistas, possibilitando a realização de cirurgias, por exemplo, com recursos para auxiliar na precisão e eficiência necessárias para este tipo de procedimento, ou manutenção de equipamentos industriais à distância.
Com o Dynamics 365 Guides também é possível promover conhecimento interno ao compartilhar e utilizar-se de processos bem documentados ao mesmo tempo que se interage com um objeto físico. Assim, com os aplicativos do Dynamics 365 Mixed Reality, as companhias podem capacitar os funcionários a colaborarem entre si para a tomada de decisão mais precisa, aumentando a produtividade.
Um exemplo prático da utilização do HoloLens 2 no País, demonstrado durante o evento, é o da PBSF (Protegendo Cérebros, Salvando Futuros, na sigla em inglês), organização formada por especialistas que vislumbra utilizar tecnologia e inteligência para prevenção de sequelas neurológicas em recém-nascidos. A PBSF irá utilizar o dispositivo da Microsoft para a avaliação de recém-nascidos que com alto risco de lesão cerebral permanente (como por exemplo crianças que apresentam asfixia perinatal, prematuras, com má formação do coração ou ainda outras lesões neurológicas). A empresa atende mais de 40 hospitais públicos e privados em todo território brasileiro.
De acordo com dados globais, por exemplo, nascem mais de um milhão de bebês com asfixia perinatal por ano, o que pode levar à morte do bebê ou deixar sequelas. No Brasil, segundo estimativas da PBSF, nascem de 20 a 30 mil crianças com essa condição anualmente. Porém, quando médico age a tempo, adotando o protocolo adequado para situações como essa, há mais chances de salvar vidas, minimizar ou até mesmo zerar as sequelas. Nos últimos anos, a instituição já atendeu mais de sete mil crianças, mas a meta é conseguir monitorar todos os casos de recém-nascidos com alto risco de lesão cerebral e zerar o número de mortes e sequelas neurológicas evitáveis.
Para isso, a empresa vê na utilização do HoloLens 2 no Brasil um importante aliado para seu objetivo. A partir de agora, o médico que faz o acompanhamento do recém-nascido vai utilizar o dispositivo da Microsoft para se conectar com os especialistas da PBSF, baseados em uma central de vigilância e inteligência, situada em São Paulo. A central oferece aos hospitais um monitoramento da atividade cerebral, educação longitudinal, promovendo homogeneidade de cuidado a bebês de alto risco. Em posse do HoloLens 2, os profissionais vão poder avaliar, conjuntamente, o diagnóstico e indicar se o bebê precisa de um tratamento específico e qual, aumentando a velocidade diagnóstica e a efetividade do tratamento.
O primeiro hospital a utilizar o HoloLens 2 será a Santa Casa de São Paulo e o recurso será oferecido para as outras instituições de saúde parceiras da PBSF.