Na 4ª edição do estudo trimestral "The State of Generative AI in the Enterprise", realizado pela Deloitte, organização com o portfólio profissional mais diversificado do mundo, 87% dos líderes entrevistados no Brasil revelaram expectativa de aumentar ou manter os investimentos em Inteligência Artificial em suas empresas neste início de ano ou em meados de 2025. Globalmente, 78% se expressaram da mesma forma.
O elevado interesse pela tecnologia disruptiva é a tônica da 4ª edição do State of GenAI, lançada pela Deloitte no Fórum Econômico Mundial em Davos, no dia 25 de janeiro, na Suíça. Nesta ocasião, foram entrevistados 2.773 executivos C-level de grandes empresas e indústrias, em 14 países. O Brasil contribuiu com 115 respondentes. Os dados foram obtidos entre julho e setembro do ano passado.
"As grandes organizações estão acomodando a tecnologia, aprendendo com ela, customizando-a e planejando maiores investimentos, dados os resultados expressivos. A busca não é apenas por eficiência operacional, mas por competitividade e inovação. Estamos vicenciando uma revolução nos modelos de negócio e de operação, com expectativa de impactos significativos no EBITDA para os próximos anos", frisa Jefferson Denti, Chief Disruption Officer da Deloitte e líder do Deloitte AI Institute no Brasil.
Oito em cada dez (84%) líderes entrevistados no Brasil acreditam que 30% ou menos das iniciativas GenAI implementadas ou testadas em suas empresas devem ser totalmente operacionalizadas nos próximos três a seis meses. A média global é de sete em cada dez (69%) nesta questão.
"O estudo reafirma que a velocidade de implementação e escala de GenAI não acompanham a evolução da tecnologia, o que requer muita atenção às tendências e decisões tecnológicas, adaptações organizacionais, aquisição e reaquisição de talentos e business cases relevantes", reforça Jefferson Denti.
Segundo 61% dos entrevistados brasileiros, as aplicações mais avançadas de GenAI implementadas em suas empresas já atendem ou superam as expectativas de retorno do investimento. A média global é de 74% sobre o mesmo tema.
De acordo com as respostas dos líderes enytrevistados, as funções de segurança cibernética e de tecnologia da informação estão liderando o caminho em termos de expansão bem-sucedida desta inovação em todo o mundo.
No Brasil, as entrevistas capturaram dados sobre a confiança na nova tecnologia. Cerca de 33% dos consultados avaliam que a GenAI transformará substancialmente a sua organização após 3 anos de sua implementação.
"Os executivos esperam resultados relevantes e no curto prazo com o emprego da GenAI. Entretanto, os programas demandam governança para evitar ruídos, riscos e investimentos desnecessários. A Deloitte possui o TrustworthyAI, framework com seis temas para orientar a governança de IA, como segurança, privacidade, explicabilidade, responsabilidade, transparência e robustez", enfatiza Jefferson Denti.
O estudo também analisou quais avanços/melhorias na tecnologia de IA generativa estão no radar de investimento dos líderes entrevistados no Brasil. Veja a lista abaixo.
Avanço na tecnologia de IA % das respostas Habilidades multimodais (capacidade de analisar dados de diferentes naturezas de forma combinada) 63% Novas técnicas de treinamento 51% Multi-agent systems (múltiplos modelos massivos de linguagem – Large Language Models – usados conjuntamente para melhorar as habilidades e a precisão da IA)