A Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro), a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) e a Associação dos Usuários de Informática e Telecomunicações (Sucesu) vão desenvolver em conjunto políticas de software para serem apresentadas ao governo federal.
As entidades firmaram parceria nesta quinta-feira (21/5) com o propósito de criar condições para um trabalho articulado, integrado e organizado, direcionado a dois pilares específicos: compras públicas e formação de capital humano, fatores considerados por elas como cruciais para o crescimento do mercado de software.
"Lutamos por uma série de questões convergentes e entendemos que atuando de forma conjunta alcançaremos um resultado mais efetivo", destacou José Curcelli, presidente da Abes. "É indiscutível a relevância do setor de software para a economia nacional. Essa parceria ampliará o canal de comunicação com o governo, possibilitando alcançar todas as metas estabelecidas de forma mais coesa e rápida", ressaltou Roberto Mayer, presidente da Assespro-SP.
Segundo Arnaldo Bacha de Almeida, vice-presidente executivo da Softex, "a iniciativa busca criar condições para um trabalho articulado, integrado e organizado das entidades representativas do setor, mostrando, no momento em que se discute a nova política industrial, que estamos unidos e ampliando a interlocução do governo federal com o segmento de TI".
"A iniciativa é de extremo interesse, pois será a primeira vez que a opinião do usuário final da tecnologia é incorporada, de forma oficial, nas propostas levadas ao governo", declarou José Jairo Martins, presidente da Sucesu.
Para as associações, o governo tem um papel fundamental, pois, além de um importante comprador, funciona como um impulsionador do setor, sinalizando as principais tendências e direcionando os caminhos a serem seguidos. Daí a necessidade de se ter uma diretriz clara e que seja seguida de forma unificada.
Outra questão importante refere-se à qualificação de mão-de-obra. De acordo com as instituições, 70% do custo de desenvolvimento do software está relacionado à capital humano. Sendo assim, é necessário investir na formação desses profissionais e realizar trabalhos junto às universidades, preparando os estudantes para atender as necessidades do mercado de trabalho.