Como parte de seu programa para reduzir o envio de mensagens indesejadas (spams) por meio da infraestrutura de internet brasileira, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou nesta quinta-feira, 21, as recomendações para a adoção de boas práticas antispam. Denominada "Gerência de Porta 25", a iniciativa envolverá operadoras de serviços de banda larga, com perfil residencial, e provedores de acesso à internet.
A medida proposta pelo CGI.br consiste em diferenciar o envio de uma mensagem por um usuário final daquele feito por um servidor de correio. Ela já é adotada por diversos provedores e operadoras em todo o mundo e sua eficácia tem sido acompanhada pelo Comitê Gestor desde 2005. "Temos constatado um resultado bastante satisfatório nas nações que adotaram esse medida", comentou Henrique Faulhaber, conselheiro do CGI.br e coordenador da Comissão de Trabalho Anti-Spam (CT-Spam).
De acordo com ele, a medida reduziria o tipo de abuso que mais ocorre no Brasil, já que os spammers de diversos países utilizam a infraestrutura da internet brasileira para retransmitirem esse tipo de mensagem globalmente. "Ao adotar essa recomendação, as operadoras atuarão antes do spam entrar na infraestrutura de e-mail, impedindo que aqueles que saem de máquinas infectadas sejam entregues, reduzindo o desperdício de banda e recursos operacionais, além de facilitar a restrição de abusos", explicou.
As recomendações feitas aos provedores de serviços de e-mail incluem a implantação de mecanismos de submissão e autenticação de mensagens. Já para as operadoras, a orientação é que, em redes de usuários finais residenciais, seja feita a restrição ao tráfego com destino à porta 25. "Essas práticas possibilitarão melhorias nos serviços oferecidos aos internautas, reduzindo o abuso de seus computadores e o desperdício de banda", enfatizou Faulhaber.
Segundo resultados da primeira fase do projeto SpamPots, iniciativa desenvolvida pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br), verificou-se que as redes brasileiras são difusoras e não são originadoras de grande parte do spam enviado.
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