A indústria brasileira de software e serviços movimentou US$ 25,1 bilhões no ano passado, o que coloca o país como o oitavo maior mercado no mundo, de acordo com estudo encomendado à IDC pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes).
Segundo o levantamento, o segmento de aplicativos manteve a liderança de vendas com participação de 43,5% dos softwares desenvolvidos, enquanto os ambientes de desenvolvimento representaram 31,5%, infraestrutura 23,1% e software para exportação 1,9%.
Considerando o mercado brasileiro de TI — que inclui software, serviços e também hardware — o país faturou US$ 61,6 bilhões no ano passado, cifra que representou um avanço de 15,4% na comparação com 2012, mais de três vezes a média global que foi de 4,8%. A área de hardware respondeu por US$ 36,5 bilhões, a de serviços por US$ 14,4 bilhões e a de software, US$ 10,7 bilhões.
Com isso, o Brasil chegou a 3% do mercado global (US$ 2,05 trilhões) e ficou em 7º lugar entre os países que mais gastam com tecnologia. Na frente estão Estados Unidos, Japão, China, Reino Unido, Alemanha e França.
A expectativa é que no ano que vem o Brasil ultrapasse a França e assuma a 6ª posição. Na América Latina, o país representa 47,4% dos gastos.
Atualmente, o Brasil conta com 11,2 mil empresas de software e serviços, cerca de 500 a mais que em 2012. O setor de software representa 97,4% do total de empresas, sendo que 86% são pequenas e médias empresas (PMEs).
De acordo com a Abes, apesar da importância para a econômica do país, o setor tem um ambiente de negócios muito complicado, com uma estrutura muito onerosa. "A ideia não é nem reduzir a carga tributária, mas reduzir as inseguranças jurídicas que afetam o setor", ressaltou Jorge Sukarie Neto, membro do conselho da Abes. Em razão disso, a entidade, junto com outras associações que formam a Frente Nacional das Entidades de Tecnologia da Informação (FNTI), pretende convidar, nas próximas semanas, os candidatos à presidência da República para discutir e apresentar propostas para o setor.