O presidente da mesa da Assembleia Geral da Portugal Telecom rejeitou o requerimento apresentado pela Telefónica para a inclusão de um novo ponto à ordem de trabalhos da reunião agendada para o dia 30 de junho que decidirá sobre a venda da Vivo.
A Telefónica pretendia, na prática, que parte dos rendimentos com a venda da participação na Brasilcel – holding que controla a Vivo e onde a PT e a Telefónica têm 50% – fossem distribuídos aos acionistas com um dividendo extraordinário de um euro por ação.
Em comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o presidente da Assembleia Geral, Antônio Menezes Cordeiro, afirma que a proposta da Telefónica "caso fosse aprovada, seria nula e não deveria ser executada pelo conselho de administração, sob pena de poder sujeitar os administradores, individualmente, a responsabilidade civil e a responsabilidade criminal".
A proposta, diz o comunicado, "recai sobre matéria que pressupõe um relatório de gestão e uma prestação de contas ora inexistentes e que, em qualquer caso, só poderia ser apresentada pelo conselho de administração, precedendo análise da comissão de auditoria e revisão oficial de contas".
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