O uso de tecnologias de computação pessoal no local de trabalho, fenômeno conhecido pela sigla BYOD (bring your own device, ou traga seu próprio dispositivo) ou consumerização de TI, já é predominante nas empresas ao redor do mundo. Quase 74% de tomadores de decisões e gestores de TI de 15 países disseram que essa prática é adotada em suas empresas, sendo que 55% deles veem o uso de dispositivos como smartphones e tablets no trabalho como um direito, em vez de um privilégio, de acordo com pesquisa realizada entre maio e junho pela Fortinet, fabricante de sistemas de segurança de redes.
O relatório aponta que, da perspectiva do usuário, o impulsionador primário da consumerização da TI é o fato de poderem acessar constantemente suas aplicações preferidas, especialmente redes sociais e comunicações privadas. Nesse sentido, 35% dos entrevistados admitiram que não poderiam ficar um dia sem acessar as redes sociais e 47% afirmaram ser incapazes de ficar um dia sem SMS (serviço de mensagens curtas).
Apesar da explosão do BOYD, os profissionais entendem os riscos para suas organizações. Cerca de 42% dos participantes acreditam que a perda de dados e a exposição à ameaças são riscos iminentes. Entretanto, para os departamentos de TI, a consciência do risco não impede que esses empregados contornem as políticas de segurança corporativa. Na verdade, mais de 36% dos entrevistados admitiram que desobedeceriam ou já desobedeceram uma política corporativa que proíbe o uso dos dispositivos pessoais no trabalho. Dos países participates da pesquisa, a Índia foi a que apresentou os números são mais elevados, onde 66% dos entrevistados admitiram que transgrediram ou já transgridem a política de segurança.
A pesquisa também sugere o que as empresas que resistem ao BYOD podem enfrentar com relação à implantação da segurança nos dispositivos dos funcionários. A maioria dos entrevistados (66%) se considera responsável pela segurança dos dispositivos pessoais que usa no trabalho. Isto é três vezes o número que acredita que a responsabilidade é, essencialmente, de seus empregadores (22%).
Participaram do estudo mais de 3,8 mil profissionais do segmento de TI dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Polônia, Emirados Árabes Unidos, Índia, Coreia do Sul, Singapura, Tailândia, Japão e Hong Kong.