O serviço de telefonia móvel dos Correios deve alcançar uma base de 500 mil assinantes até o final do ano, com a venda de um milhão de chips em 3 mil municípios brasileiros. A previsão é do presidente da empresa, Guilherme Campos, que participou nesta quarta-feira, 21, de audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o tema.
Segundo Campos, até agora foram vendidos 21 mil chips em São Paulo capital, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Campinas, onde o serviço foi lançado nesta semana. "Esse é um número pequeno considerando a base nacional de celulares, mas supera as mais otimistas das previsões da empresa", disse.
Campos atribui os números do novo serviço ao produto oferecido, que considera muito bom. O plano é pré-pago e por R$ 30 ao mês o usuário tem direito a 100 minutos de ligações para celular de qualquer operadora e DDD e 30 dias de Internet com 1 GB de franquia, sem corte, além de WhatsApp de graça (zero-rating, sem consumir a franquia). Para o futuro, a ECT deve lançar planos corporativos e pós-pagos. "Um passo de cada vez", afirma Campos.
O celular dos Correios é um serviço virtual (MVNO), que usa a rede da TIM e que tem como integradora EuTV. O presidente da empresa disse estar muito satisfeito com os parceiros e que já estuda uma forma de ampliar os acordos para além dos cinco anos previstos no contrato inicial, que foi objeto de licitação.
Os chips do Correios Celular são vendidos apenas nas agências da empresa. São 12 mil postos de atendimento direto entre agências próprias, comunitárias e franqueadas em 5.570 municípios brasileiros. "Essa capilaridade é o nosso diferencial", afirma Campos. A recarga também é feita nas agências ou em POS da bandeira Cielo.
Campos disse que o serviço celular é mais uma etapa na integração da empresa ao mundo digital e que tem sido muito bem avaliado. O índice de reclamações do serviço é menor que 1,5% em cada 100 ligações ao call center. "Os 98,5% das chamadas é de elogios", disse. O serviço levou sete anos para ser implantado.