Lyncas desenvolve app para monitoramento de contêineres no Porto Itapoá

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A Lyncas desenvolveu aplicativo para automatizar processos no Porto Itapoá, localizado no litoral norte de Santa Catarina e considerado um dos maiores terminais portuários de contêineres do Brasil. O objetivo é digitalizar o monitoramento de contêineres do modelo reefer, que são refrigerados e precisam manter a temperatura padrão, além de outras solicitações da organização, como disponibilidade do sistema em toda a área do Porto, que ocupa 300 mil m2.

"Algumas áreas do Porto tinham uma sombra de conectividade, por isso nos preocupamos em atender à necessidade de viabilizar o trabalho online e offline e ainda ter um timing de sincronização rápido, pois toda a logística do local funciona de forma integrada e online. Então quando um contêiner, com mercadoria que necessita estar refrigerada, por exemplo, chega em um navio e vem para dentro do Porto, o aplicativo avisa o operador que existe um contêiner naquela área específica que precisa ser conectado na energia para que a temperatura seja mantida. Entendemos as necessidades do ecossistema do Porto e aplicamos tecnologia de ponta para as melhores funcionalidades", afirma Cleyton Hort, CEO da Lyncas.

Sandro Martins, gerente de TI e Inovação do Porto Itapoá, explica que o monitoramento desse tipo de contêiner é extremamente crítico. "Existe uma faixa ideal de temperatura que deve ser mantida, por isso é importante para o Porto que esse processo seja automatizado e controlado nos mínimos detalhes. Uma carga de camarão de 35 toneladas, por exemplo, tem um alto valor agregado, e, caso o produto seja danificado por perda de temperatura, o prejuízo é do Porto. Por isso a necessidade de um rigoroso controle. Constantemente temos recordes de movimentações de contêineres e para conseguir lidar com todos esses desafios, nos apoiamos na inovação e processos digitais para otimização de mão de obra", exemplifica Martins.

Cabe destacar que, atualmente, a Lyncas possui uma equipe de profissionais alocada no Porto, de maneira a dar suporte ao app e outros projetos transformacionais que estão em andamento no local, mas também para mapear upgrades tecnológicos e melhorar ainda mais a operação dinâmica e escalável da organização.

Do manual para o automático

Antes da implantação do app desenvolvido pela Lyncas, os operadores do Porto precisavam monitorar o contêiner e se deslocar até um local específico, e sofriam com problemas de conectividade para execução das atividades.

A aplicação também ajudou a diminuir o tempo quanto ao aviso ao responsável pelo contêiner sobre alguma ocorrência relacionada àquela unidade. Antes, ao receber o alerta, os operadores precisavam se deslocar até a base, verificar o maquinário do contêiner, o registro, abrir uma lista com os e-mails dos responsáveis pela unidade e apenas então enviar um aviso sobre os alertas, ou seja, um processo moroso e com possibilidades de falhas manuais.

Agora, com a nova solução aplicada em smartphones, os operadores podem fazer esse monitoramento, inclusive por meio de QR Code, de maneira mais eficiente, passando de contêiner em contêiner com um roteiro, que manda avisos automaticamente para o celular, eliminando a necessidade de ir para a base para coletar informações.

"Houve uma redução significativa no tempo de fazer esse monitoramento dos contêineres, além de uma diminuição no trabalho manual, que passou a ser analítico, com mais critério. Consequentemente, aumentamos nossa assertividade no monitoramento e aviso aos clientes. Fomos muito bem assistidos durante todo o processo e trabalhar com a Lyncas, nossa parceira nesse e em outros projetos de referência em tecnologia, foi uma experiência incrível e única", afirma Abiatar Prestes, responsável por projetos no Porto Itapoá.

O Porto Itapoá possui estrutura capaz de movimentar 1,2 milhão de TEUs, ou seja, contêineres com aproximadamente seis metros de comprimento interno, por ano. Está rumo à fase final de uma expansão que possibilitará a movimentação de dois milhões de TEUs anualmente.

O desenvolvimento do aplicativo demandou cerca de um ano, considerando o processo de idealização, construção, desenvolvimento de equipamentos de IoT para funcionamento nas carretas, além das pesquisas, provas de conceito, pilotos, e outras etapas do projeto. Para a implantação final do app, foram necessárias 11 horas.

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