Facebook volta a poder realizar operações financeiras

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A ordem judicial que proíbe o Facebook de fazer qualquer transferência de seus ativos vai expirar nesta sexta-feira, 23. A sentença havia sido dada no fim do mês passado por causa de um processo em que o webdesigner Paul Ceglia alega ter recebido 84% da rede social por meio de um contrato assinado com Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, em 2003. A revogação da decisão, porém, veio por meio de um acordo firmado na terça-feira, 20, entre as partes envolvidas no litígio, realizado para que o imbróglio seja resolvido o mais rápido possível.
Em audiência realizada na terça-feira, na corte federal de Buffalo, nos Estados Unidos, a advogada de Zuckerberg, Lisa Simpson, declarou que o executivo de fato trabalhou com Ceglia em abril 2003, mas "não tem certeza" se o contrato assinado por eles é o documento ao qual o juiz do caso teve acesso. A advogada argumentou, no entanto, que Ceglia alega ainda haver uma relação entre ele e o Facebook, "quando na verdade não há".
O documento em questão, em que supostamente constam as assinaturas de Zuckerberg e de Ceglia, atesta que o webdesigner foi contratado para o desenho de uma rede social para os estudantes da Universidade de Harvard, onde Zuckerberg estudava. Pelo trabalho, Ceglia receberia cerca de US$ 1 mil por mês e obteria o controle de 50% do site até o fim de 2003. Depois do dia 1º de janeiro de 2004 até a conclusão do trabalho, o webdesigner receberia 1% dos ativos por dia, o que o deixou com 84% do capital social do Facebook (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
Segundo o advogado de Ceglia, Terrence Connors, as partes envolvidas no caso se conheceram em 2003, quando o webdesigner contratou Zuckerberg para construir o website de um projeto em que trabalhava. Na mesma época, diz o advogado, Zuckerberg contou a Ceglia sobre seu projeto de construir uma rede social para os alunos de Harvard e pediu para que o webdesigner investisse na ideia. Foi desta conversa, argumenta o advogado, que saiu o contrato que foi entregue ao juiz.
A advogada de Mark Zuckerberg declarou na audiência de terça que a autenticidade do contrato deve ser investigada, pois "está cheio de inconsistências, termos indefinidos e coisas que não fazem sentido". Lisa Simpson ainda alega que os requerimentos de Ceglia são "muito antigos" e dizem respeito a uma ideia desenvolvida meses antes do Facebook se tornar um projeto.

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