A Intel está perto de acabar com um processo por práticas anticompetitivas no mercado mundial de chips. A empresa é acusada pela Federal Trade Commission (FTC), órgão do governo dos Estados Unidos que investiga contratos comerciais e dados fiscais de empresas e pessoas físicas, de "criar um esquema de ameaças e recompensas" para que a indústria de PCs use seus produtos. A FTC deve decidir sobre o caso até esta sexta-feira, 23.
Fontes próximas ao assunto informaram que o mais provável é que a Intel entre com um pedido administrativo junto à FTC para que o prazo para o fim das argumentações sobre o caso seja estendido por um período ainda desconhecido. Outras pessoas ligadas ao litígio, porém, acreditam que o órgão regulador decidirá por um acordo com a fabricante de chips, no qual serão impostos alguns limites para sua atuação no mercado mundial de microprocessadores, sem, no entanto, envolver a aplicação de multa.
O processo foi iniciado em dezembro do ano passado, quando, depois de investigar uma ação impetrada pela também fabricante de chips AMD, em 2000, a FTC concluiu que a Intel fazia ameaças e bloqueios comerciais às fabricantes de PCs que não usavam seus chips e recompensava financeiramente as que o faziam. O órgão regulador declarou, então, que a Intel adotava "uma postura arrogante frente às regras e princípios para uma justa competição estabelecidos pelo governo norte-americano", e que lutaria para "remediar o mal que a companhia causou aos seus concorrentes, à inovação tecnológica e aos consumidores" (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
À época, a Intel declarou que a FTC foi "desorientada por informações colhidas na última hora que não foram apuradas". Sobre a possibilidade de um acordo para se livrar das acusações, o porta-voz da fabricante, Chuck Mulloy, declarou que "as reuniões com a FTC ainda acontecem e a empresa não tem mais nada a acrescentar". Com informações do Financial Times e do Wall Street Journal.
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