O escritório de advogacia Dewey & Lebouef – o segundo contratado pela Telefónica para trabalhar no processo de dissolução da Brasilcel – vai alegar no Tribunal Arbitral de Haia "a possível falha da administração da PT em cumprir com a obrigação de informar o mercado, escondendo dos acionistas da Telefónica e da PT o uso efetivo de uma golden-share por parte do governo português em casos diferentes daqueles que constam nos estatutos da PT", afirmou um porta-voz da operadora espanhola citado pela agência Reuters.
O CEO da PT, Zeinal Bava disse em junho que a venda da Vivo não dizia respeito à golden share. Zeina Bava falava em Londres, perante uma plateia de analistas e investidores institucionais estrangeiros. A presentação usada pelo executivo é pública e está disponível na página da PT.
Já a PT se apóia em pareceres jurídicos para para fazer frente às ameaças da Telefónica. Fonte da operadora portuguesa, em entrevista à agência Lusa, disse que "a PT não tem quaisquer dúvidas sobre a robustez da sua posição jurídica" acrescentando que a sua posição "está baseada em pareceres jurídicos". A mesma fonte observou que a PT "considera prudente continuar a procurar uma solução aceitável para todas as partes, independentemente do veto da golden share ter impedido a deliberação da assembléia geral".
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