Após testes iniciais e um período para a discussão sobre o preço a ser adotado, o edital para o projeto Praças Digitais deverá ser finalmente publicado ainda nesta semana, segundo informou o secretário de Serviços Urbanos da prefeitura de São Paulo, Simão Pedro. Além de um problema burocrático com a Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do município de São Paulo (Prodam, que é responsável pela licitação e desenvolvimento da política pública do projeto), referente ao valor do contrato, havia outro impasse com os interessados na prestação do serviço. "Nós precisávamos ter um preço referência, precisava ter no mínimo três empresas, mas a informação que eu tenho é que cinco ofereceram", afirmou o secretário a este noticiário nesta quarta, 21, após palestra no Conip 2013. Apesar de "uma ou outra" não ter oferecido o preço global, a prefeitura garante que já é possível criar um valor referência para o edital.
A próxima etapa é, segundo ele, começar uma segunda rodada de testes também nesta semana na Praça do 65, distrito de Cidade Tiradentes, extremo leste de São Paulo. Por ser em local distante do centro, a infraestrutura para o acesso não será com fibra. "A informação que eu tenho é que, como não tem uma rede instalada de fibra, vai ter que ser por rádio", declara o secretário.
Após essa primeira fase de implementação, a prefeitura considera agregar outros serviços, como a instalação de pontos com tomadas para carregar a bateria de dispositivos móveis em parceria com a Eletropaulo, e até mesmo o empréstimo de dispositivos para o uso nas praças com Wi-Fi livre. "Estamos debatendo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano sobre que tipo de equipamentos (serão disponibilizados); vamos fazer um concurso para ideias", detalha Simão Pedro. "Se o cidadão está lá e quer usar, mas não tem aparelho, tem um quiosque que ele possa pegar (o dispositivo móvel) emprestado e devolver depois", declara, citando a possibilidade de oferecer tablets para empréstimo à população.
Oscilações
Por enquanto, os testes que têm sido realizados na Praça Dom José Gaspar, no Centro paulistano, começaram com oscilações. Simão Pedro reconhece que houve um colapso no acesso, que contou com mais de 300 usuários no primeiro dia; e que o link de 34 Mbps não foi suficiente para a demanda no local. "Ali o ideal seria 100 Mbps, foi o que solicitamos, mas a Embratel nos ofereceu 10 Mbps e (após negociações) conseguimos chegar a 34 Mbps. Mas percebemos que, mesmo assim, cai", lamenta. O equipamento da medição de qualidade do CGI.br (no programa Simet) só foi instalado nesta semana, por problemas de acesso ao link. Mas o secretário garante que agora a conexão lá está mais estável. "Estive lá antes de ontem e, embora não fosse horário de pico, estava funcionando. Estamos utilizando as análises para, se for o caso, fazer alguma correção no edital."