A Claro se junta à Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – vão criar um Centro de Pesquisa em Engenharia focado nos temas de 5G e Inteligência Artificial Generativa (IA). Segundo o edital de chamada pública lançado nesta semana, as inscrições devem ser realizadas, pelo sistema SAGe – Sistema de Apoio à Gestão, até o dia 18 de novembro de 2024.
Para participar, os pesquisadores precisam estar ligados a instituições de ensino superior paulistas e atender a uma série de requisitos, sendo os principais: ter um plano de pesquisa ousado e original, que seja competitivo nacional e internacionalmente; e estar sediado em uma ou mais instituições de ensino superior e pesquisa ou instituições de pesquisa, públicas ou particulares sem fins lucrativos, no estado de São Paulo.
A parceria tem o objetivo de incentivar a realização de pesquisas internacionalmente competitivas e que estejam conectadas às necessidades da sociedade, explorando o potencial de áreas como Agrotech, Indústria 4.0 e Smart Cities, com foco na exploração das tecnologias 5G e Inteligência Artificial Generativa (IA), consideradas fundamentais para levar a sociedade a uma nova era tecnológica.
"A Claro é uma grande incentivadora do trabalho conjunto entre os diversos agentes do ecossistema de inovação e acredita que a conexão entre os recursos tecnológicos e conhecimento técnico que a empresa dispõe e o capital humano e de pesquisa que a academia pode proporcionar é fundamental para o desenvolvimento de soluções que efetivamente consigam desbloquear o potencial das tecnologias emergentes para o benefício dos negócios e da sociedade", explica Rodrigo Duclos, diretor de Inovação e Digital da Claro e fundador do beOn Claro.
O plano de pesquisa escolhido para implementação poderá receber da operadora, ao longo de 5 anos, o aporte de até R$ 10 milhões e mais R$ 10 milhões da FAPESP, totalizando recursos na ordem de R$ 20 milhões para o desenvolvimento do projeto. Esse montante deverá ser aplicado para o financiamento de longo prazo da iniciativa, permitindo o tratamento de problemas complexos por meio de abordagens interdisciplinares de alto nível, utilizando tecnologias 5G e IA Generativa.
Para André Sarcinelli, diretor de Engenharia da Claro, essa colaboração em torno do 5G é fundamental para acelerar a transformação da sociedade. "Temos acesso a uma tecnologia com um potencial imenso, que ainda não foi destravado. As possibilidades de aplicação para o 5G são infinitas, que devem provocar impactos profundos na forma como vivemos e como fazemos negócios nos próximos anos, e a pesquisa acadêmica é parte fundamental desse processo", afirma.
A perspectiva é de que a aproximação entre os pesquisadores e a operadora resulte no desenvolvimento de soluções que possam ser colocadas no mercado e escaladas em âmbito nacional e até mesmo global. "A conexão bem-sucedida entre pesquisa e empresa resulta em soluções inovadoras que não apenas facilitam a formatação do produto final dentro de um modelo de negócios viável e replicável, mas também elevam a competitividade nacional. Quando a pesquisa acadêmica e o setor empresarial caminham juntos, superam-se as dificuldades de inserção no mercado, garantindo que as inovações tenham um impacto real e duradouro na economia do país", comenta Duclos.
Segundo a Fapesp, adicionalmente à missão principal, de desenvolver pesquisa aplicada de classe mundial, focada em temas e objetivos específicos, o Centro de Pesquisas em Engenharia (CPE) deve desenvolver meios efetivos de inovação, transferência de tecnologia, educação e disseminação do conhecimento.
"O Centro de Pesquisa em Engenharia é o maior programa de cooperação em pesquisa entre a academia e empresas do país. Para a FAPESP, é importante ter a Claro como parceira nessa iniciativa para, assim, garantir financiamento de longo prazo a um CPE com pesquisas voltadas ao desenvolvimento de soluções em temas como Smart Cities, Indústria 4.0 e Agro", destacou o presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago.
Mais informações sobre a chamada de propostas estão disponíveis neste link.