Prorrogação da Lei de TICs e do PADIS vai à sanção presidencial

0

O Plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (21) o PL 13/2020, que estende os benefícios da Lei de TICs e do Padis. A matéria segue para sanção do Presidente da República.

O texto aprovado é a junção do PL 13 com o PL 719/24, da Frente Parlamentar da Indústria Elétrica e Eletrônica e autoria de 74 deputados. O PL prorroga as leis de TICs e do Padis até 2029, e após alteração a ser feita na LDO deste ano, as duas leis serão automaticamente prorrogadas até 2073, de forma equiparada à legislação da Zona Franca de Manaus, que também foi prorrogada no final do ano passado para o mesmo período. Além disso, o texto prevê a manutenção da totalidade dos incentivos das leis de TICs e do Padis até 2029, com a consequente retirada do mecanismo de redução gradual do estímulo, que ocorreria a partir de 2024, a chamada "escadinha".

O PL contempla ainda a adequação do crédito para a TECNAC – tecnologias nacionais. Hoje, em relação às tecnologias desenvolvidas no País, as indústrias recebem crédito financeiro de 13,65%. Com a esperada sanção da nova lei, o crédito para TECNAC passará para 15% no Centro-Sul e para 17% nas demais regiões. O PL Institui ainda o Programa Brasil Semicondutores – Brasil Semicon.

"Essa é uma importante vitória para o setor, fruto de uma intensa articulação da nossa entidade junto à Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento da Indústria Elétrica e Eletrônica", destaca o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato. Segundo ele, a medida considera a manutenção do equilíbrio na produção de TICs em todo o território brasileiro e traz uma previsibilidade inédita para a realização de investimentos nesse segmento. "As empresas do setor passarão a ter um horizonte muito mais seguro para sua atuação", ressalta.

Barbato lembra que a Política de TICs é um instrumento crucial na política industrial brasileira, desempenhando um papel fundamental na estruturação e manutenção de um parque industrial robusto e uma série de centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico no campo da informática e telecomunicações.

Segundo a Abinee, a lei tem contribuído para posicionar o Brasil como um dos 10 maiores fabricantes de eletroeletrônicos e o quarto maior produtor mundial de bens de informática, gerando um faturamento superior a R$ 140 bilhões anualmente. A continuidade dessa política é essencial para manter o fluxo de investimentos no desenvolvimento tecnológico do setor, mobilizando mais de R$ 2 bilhões em investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.