Um grupo de fornecedoras brasileiras de serviços de hospedagem (hosting) se reuniu nesta quinta-feira, 21, para discutir a criação de um conselho de autorregulamentação do mercado, chamado Hosts Brasil. O comitê inicia as atividades com nove empresas associadas e até o fim do mês devem ser definidos os membros do conselho diretor, o presidente e as categorias sob as quais as empresas participantes estarão classificadas.
Segundo Roberto Bertó, um dos pré-conselheiros do Hosts Brasil e diretor de marketing da TeHospedo, uma das empresas-membro da associação, o conselho nasceu da necessidade do mercado de criar uma classificação para as empresas de hosting brasileiras. Essa classificação se dará por meio de um conjunto de regras técnicas e da criação de diferentes selos de qualidade, que variarão de acordo com o nível de qualidade do atendimento aos clientes e a quantidade de ferramentas disponíveis para atendê-los.
Bertó lembra que já houve outras iniciativas, principalmente por parte da Locaweb, de criar um conselho de autorregulamentação para setor. Mas como o grupo era voltado apenas para grandes empresas, eles não obtiveram apoio dos empresários e o projeto não vingou. Agora, na opinião de Bertó, o conselho deve funcionar, já que a ideia partiu de fornecedoras médias, que querem unir grandes companhias a micro e pequenas empresas do setor para criar uma entidade que defenda os interesses comuns a todas e as represente.
O executivo conta que foi a invasão do data center da Locaweb, descoberta no mês passado, que evidenciou a necessidade da criação da Hosts Brasil. Segundo ele, os clientes "começaram a perder a confiança na Locaweb e cancelar seus contratos de serviços para migrar para empresas estrangeiras", prejudicando o mercado brasileiro.
No entanto, ele afirma que não há nenhuma desavença com a Locaweb e nenhum tipo de crítica à empresa. "A intenção do Hosts Brasil é exatamente defender quem está certo – se a empresa cometeu um erro, deve responder, mas se foi o cliente que errou, também deve responder." Ele acha que, com o tempo, e principalmente depois que o processo de compra da Locaweb pelo fundo de investimentos Silver Lake Sumeru terminar, a companhia também vai aderir ao grupo.
Até o momento, antes da oficialização do Hosts Brasil, já são membros: SpeedServ, NerRevenda, TeHospedo, King Host, Hostlocation, RedeHost, Inetweb, Central Server e Rede 2. Também estão interessadas em participar, segundo Bertó: Hostnet, Host Dime, IP Hotel, Pandaweb, Agile Host, Mega Nick, Exeweb, Hostcorpore, Web 1 Host, Data Prime, Rtcn Host, RN Web, Smartis Host, Blasterweb, Solushost, Cybernetfix.
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