A Nokia anunciou nesta quinta-feira, 21, que vai demitir 1,8 mil empregados, como parte de um programa de reestruturação para simplificar suas operações de smartphones, reorganizar alguns de seus setores corporativos e conseguir enfrentar a concorrência no mercado de celulares.
De acordo com a fabricante finlandesa de celulares, os cortes vão atingir todas as subsidiárias espalhadas pelo mundo e devem representar uma redução de 3% no quadro total de funcionários. A reorganização inclui também o aprimoramento da produção de software e o aumentdo da oferta de serviços.
As demissões ocorrem no momento em que a Nokia dá dinais recuperação da lucratividade, por meio principalmente do corte de gastos, mas ainda enfrenta dificuldades para gerar receita. Nos primeiros nove meses deste ano, a fabricante de celulares obteve lucro de 601 milhões de euros, contra um prejuízo de 621 milhões de euros registrados no mesmo período do ano passado. A receita líquida no período ficou em 29,7 bilhões de euros, um crescimento de 2% frente aos 29 milhões de euros contabilizados entre janeiro e setembro do ano passado.
A Nokia conseguiu reduzir os custos administrativos em 5% de um ano para o outro, o que, ao lado de outros cortes orçamentários, fez o lucro operacional saltar de 56 milhões de euros para 1,1 bilhão de euros em um ano.
No terceiro trimestre deste ano, o movimento se repetiu: ela registrou lucro de 322 milhões de euros, contra um prejuízo de 469 milhões de euros apurado no mesmo trimestre do ano passado. Na mesma base de comparação, a receita cresceu 4%, de 9,8 bilhões de euros para 10,2 bilhões de euros.
O recém-contratado CEO Steven Elop declarou que os resultados publicados nesta quinta-feira mostram que a Nokia tem o talento e os recursos necessários para passar por este "período turbulento". Entretanto, ele informou que a companhia fará todos os cortes operacionais necessários para retornar o lucro aos acionistas.
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