Em 2012, a profissão de cientista de dados foi reconhecida como o trabalho mais sexy do século 21. E essa admiração não diminuiu e segue rumo a 2022. Mesmo com a consolidação da automação, que deve substituir algumas funções humanas, o Relatório 2018 Future of Jobs, realizado pelo Fórum Econômico Mundial de 2018 sobre o futuro dos empregos, coloca analistas e cientistas de dados no topo da lista de profissionais emergentes no que diz respeito a demandas.
A pesquisa, que entrevistou executivos das 313 maiores marcas do mundo, observa que quatro avanços tecnológicos são os mais populares quando se trata dos principais impulsionadores do crescimento dos negócios nos próximos anos. São eles:
Internet móvel onipresente de alta velocidade;
Tecnologia da nuvem;
E, no topo da lista, a crescente disponibilidade de big data e a adoção generalizada de analytics.
Entre as mais de 300 empresas pesquisadas, 85% diz que pretende expandir seu uso de big data analytics entre hoje e 2022. Com a necessidade de transformação digital, analistas e cientistas de dados lideram uma lista de mais de 20 funções, aumentando cada vez mais sua demanda. O ranking também inclui especialistas em transformação digital, em Inteligência Artificial e machine learning, em big data, em segurança da informação, em automação de processos, da área de inovação e designers de interação entre humanos e máquinas.
Tais funções tornam-se ainda mais importantes tendo em vista que atualmente os entrevistados relatam que uma média de 71% das horas de trabalho são realizadas por seres humanos, enquanto 29% são executadas por máquinas. Porém, estima-se que em 2022, essa percentagem será alterada, caindo de 58% por pessoas e 42% por máquinas.
A hora de moldar o futuro do trabalho é agora
Apesar do rápido crescimento da automação, a maioria das previsões diz que as novas funções criadas para seres humanos ultrapassarão os empregos que já foram substituídos por máquinas. O Relatório do Fórum Econômico Mundial 2018 estima que 75 milhões de empregos passem a ser substituídos pela automação, mas por outro lado, devem surgir 133 milhões de novas funções relacionadas à nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos. Essas funções exigirão uma requalificação e melhoria de habilidades significativa, ainda segundo a pesquisa. A previsão é de que, até 2022, mais da metade de todos os funcionários precisem de novas habilidades e treinamento para se adaptar ao futuro do trabalho.
Tricia Morris, diretora de Marketing de Conteúdo e Mídia Social da MicroStrategy.