48% das empresas se consideram inovadoras, mas poucas são reconhecidas pelo mercado

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Para revelar o cenário atual da inovação no Brasil e os caminhos para que empresas, líderes e equipes atinjam uma maturidade de inovação contínua, as empresas AEVO e Inventta, acabam de lançar o Mapa da Inovação Corporativa.

O levantamento contou com 309 respostas das lideranças de grandes e médias empresas do país, nos diversos setores da economia. As 69 questões do relatório abordam desde a disseminação dos conceitos de inovação dentro das companhias, até a estrutura que possuem para impulsionar a inovação interna e externa.

Um dos principais dados apontados pela pesquisa é que 48% das empresas se consideram inovadoras, enquanto apenas 19% são reconhecidas como inovadoras pelo mercado. "A essência de uma cultura organizacional voltada para inovação está em lidar com a incerteza e saber assumir riscos.

É essencial apoiar e valorizar pessoas que assumem o risco bom, ou seja, aquele tomado de forma consciente em prol do aprendizado ou da geração de valor para a organização", reconhece Bruno Moreira, CEO da Inventta. No Mapa, 76% das companhias afirmam assumir riscos em prol da inovação, ainda que em diferentes níveis de ousadia.

Como as empresas incentivam e reconhecem colaboradores engajados com a inovação?
Para incentivar a tomada de risco dos colaboradores, 88% das empresas dizem incentivar e dar liberdade para eles proporem novas ideias à organização, mas em apenas 23,5% delas os meios e ferramentas para isso são adequados.

Além disso, 44% não têm um modelo para reconhecer os mais engajados com a inovação, mas 42% dizem saber lidar com erros e fracassos "bons", comuns na jornada de inovação. "Para se promover um ambiente e cultura mais propícios à inovação, um dos elementos a serem trabalhados é o reconhecimento das pessoas que se envolvem no processo de inovação", comenta Luís Felipe Carvalho, CEO da AEVO.

Como as empresas conduzem os esforços de inovação?

Para conduzir seus esforços de forma eficiente ou eficaz, é necessário também que as empresas estruturem bem os processos, além de incentivar as pessoas a participarem deles. Mas apenas 7% apontam ter os processos estruturados e que funcionam bem. Outros dados que provam que os processos ainda precisam evoluir, são que 71% não utilizam ferramentas estruturadas para gerir a inovação, e 66% conduzem esforços de inovação por meio de um grupo restrito de pessoas, o que impossibilita que colaboradores da linha de frente participem dos processos.

Quais áreas têm os esforços em prol da inovação mais impulsionados?

Sobre os drivers que direcionam os esforços que as companhias realizam em prol da inovação, a evolução em Tecnologia é o impulso de mais da metade (53%) do empenho em Pesquisa e Desenvolvimento P&D. Os esforços em Design são parte de 28% das empresas, que afirmam usar metodologias de pesquisa (etnográficas e grupos focais), com 48% usando ainda protótipos e testes como ferramenta. Existem, ainda, os esforços com ajuda de Venture Capital, mas apenas 29% afirmam desenvolver projetos de inovação com startups. Por fim, mais da metade das empresas, 53%, geram insights de inovação com base em dados.

Como as empresas enxergam a inovação?

A forma como cada negócio olha para a inovação é diferente. Para entender de onde vem a vontade e os esforços para inovar, o levantamento analisou ainda como as empresas inovam. Apenas 10% adotam posturas proativas em relação às movimentações do mercado, o que mostra que a grande maioria não quer ser desbravadora da inovação. Já 33% delas inovam a partir de propostas vindas da liderança, enquanto apenas 8% inovam a partir de sugestões de toda a equipe.

O que desperta o interesse das empresas por inovação?

O mercado e as necessidades dos clientes ditam as inovações em 41% das empresas brasileiras, sendo que apenas 3% vêm da análise dos processos e gaps internos. "É interessante explicar que o mercado e as necessidades dos clientes geram, em suma, inovações de sustentação (melhorias em produtos), enquanto as análises internas têm por prática gerar inovações de transformação (novos produtos ou soluções inovadoras)", esclarece Bruno.

Como é a dinâmica dos colaboradores em prol da inovação?

Sobre a dinâmica entre as pessoas em prol da inovação, 29% acreditam que o melhor caminho é um equilíbrio entre competição e colaboração dos times, mas a tomada de decisão ainda é vista com muita cautela. A maioria, 31%, acredita que precisa haver um equilíbrio entre burocracia e agilidade, para aumentar a assertividade do processo de inovação.

As empresas estão dispostas a ajuda externa para inovar?

Em relação à abertura para a colaboração externa em prol da inovação, apenas 23% se consideram aberta, 40% estão fechadas e 37% preferem um equilíbrio entre esforços internos e externos para inovar. "Nenhuma organização consegue ter dentro de casa todo o conhecimento, ativos e competências para inovar. Estar aberto à colaboração é a chave para inovar de forma sustentável. Isso permite a integração de conhecimento, participação em ecossistemas, além facilitar a inserção no negócio de competências e infraestruturas que já existem", finaliza Luís Felipe Carvalho.

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