Seis passos para um projeto de outsourcing

0

Mauricio Aguiar*

Terceirizar a área de TI, no todo ou em partes, pode ser muito vantajoso para as corporações de determinados portes, mas projetos desta natureza sempre dependem da atenção a alguns fatores críticos, sob pena de fracassarem ou gerarem gastos que não justifiquem o investimento. Com o objetivo de dar algumas diretrizes a empresas que estejam estudando adotar esse modelo, um estudo realizado pela International Association of Outsourcing Professionals listou seis fatores críticos a um projeto de terceirização.

Chamado ?The Global Outsourcing 100 Fortune Special Advertising Feature?, a pesquisa foi realizada pela entidade em parceria com a revista Fortune, e cobre itens que vão desde o mapeamento correto dos processos a serem terceirizados até a definição dos motivos certos que levam uma empresa a buscar o outsourcing. Todas estas são questões aparentemente simples, mas que muitas vezes são deixadas de lado pelas corporações na hora de levar esta opção em conta.

Mesmo simples, é sempre bom ter estes fatores em mente:

1 ? Pensamento estratégico. A primeira coisa a entender sobre o outsourcing é que ele não é a solução instantânea para processos defeituosos ou problemas internos. Lembre-se que a terceirização só terá sucesso se o processo puder ser mapeado passo-a-passo e facilmente transferido. Além disso, nem todos os processos são candidatos naturais à terceirização, pois sempre haverá itens especializados ou proprietários que a empresa fará melhor que qualquer terceiro.

2 ? Desenvolver o modelo de negócios correto. Atualmente os parceiros de outsourcing são mais flexíveis e capazes de trabalhar com empresas distintas em diferentes modelos. Os fornecedores hoje podem operar completamente em suas instalações, na empresa do cliente ou com equipes mistas. Com tantas alternativas, a chave é escolher a abordagem que funcione melhor com a cultura de cada empresa e o tipo de trabalho que deve ser terceirizado.

3 ? Manter um time interno de especialistas. Não importa que estratégia ou modelo de negócios a empresa utilize, ela sempre precisará de um especialista em terceirização em sua equipe. Afinal de contas, é este profissional que vai gerenciar a relação entre a empresa e o fornecedor, o que também torna crítica a criação de um programa interno.

4 ? Tratar os fornecedores como parceiros. Ao mesmo tempo em que é essencial para o sucesso do projeto, o especialista interno deve se lembrar que o outsourcing é uma atividade colaborativa. Isto é importante, porque os clientes têm a tendência de preferir gerenciar o projeto a confiar nos fornecedores. Ao contrário, estes precisam participar, inclusive em nível estratégico.

5 ? Construir valor com o tempo. A abordagem ?big-bang? para projetos de outsourcing está morta. Mesmo que a intenção seja terceirizar uma série de processos, isto deve ser feito gradualmente. A empresa tem que aprender a gerenciar esta atividade em pequena escala, quando o risco é menor. Com experiência, ela pode passar para projetos corporativos maiores.

6 ? Adotar o outsourcing pelas razões corretas. Quando a maioria das empresas opta por terceirizar algum processo, faz isso por uma única razão: cortar custos. Mas até os fornecedores reconhecem que este é apenas um dos fatores a serem levados em consideração. Só aqui citamos outros cinco, que devem ser estudados com cuidado.

*Mauricio Aguiar é presidente do QAI Brasil (Quality Assurance Institute)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.