Devido ao aprofundamento da crise financeira mundial, que já começa a ter grande impacto no mercado brasileiro, a IDC reduziu em 5,3% a previsão de gastos com TI no país para o próximo ano. Segundo a consultoria, o Brasil deve gastar cerca de 9,1% a mais com tecnologia no ano que vem, ante a estimativa inicial de aumentar em 14,4%. Com isso, os investimentos das empresas devem girar em torno de US$ 30 bilhões em 2009, contra uma estimativa anterior de US$ 33 bilhões, antes da crise.
Em relação exclusivamente ao mercado de PCs, a IDC reduziu de 18% para 10% a expectativa de crescimento do mercado nacional. De acordo com Eric Prothero, vice-presidente da IDC para a América Latina, o varejo brasileiro apresentou uma redução na demanda por eletrônicos a partir do início de novembro. Além disso, uma pesquisa com consumidores apontou que 45% afirmaram que adiarão a compra de computadores por, ao menos, três meses. "Os consumidores estão se preocupando com a inflação", disse.
Segundo a consultoria, o Brasil será o país da América Latina que irá sentir menos o impacto da crise no setor de TI. Para a região latino-americana, a IDC reduziu em 5,9% a estimativa de gastos das empresas com TI, que antes da crise estavam previstos para crescer 13,7%, e agora serão cerca de 7,8% superiores.
"O Brasil está com uma economia acelerada e não parará de um momento para o outro. Por esse motivo, deve sofrer menos com a crise do que os outros países da América Latina", analisou Prothero.
De acordo com a IDC, a maior redução de investimento será na área de PCs, que teve uma queda na projeção de 15,3% para 6,6%, além de impressoras, de 9% para 1,7%, e servidores, cujos gastos devem recuar 2,1% em 2009, ante previsão anterior de 3,1% de expansão.
Já os segmentos nos quais os cortes serão menores destacam-se o de softwares, cuja projeção de crescimento recuou de 12,1% para 10%, o de serviços, que caiu de 10,7% para 8,6%, e a de storage, com recuo de 5,1% para 2,8%.
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