Uma nova ameaça surgiu para aparelhos Android: códigos maliciosos que gravam as ligações do aparelho e enviam os arquivos de áudio para os hackers. Duas famílias de malwares que executam essa função foram identificadas no terceiro trimestre pela firma de antivírus McAfee: Android/NickiSpy.A e Android/GoldenEagle.A. Entretanto, o golpe mais comum no sistema operacional móvel do Google continua sendo vírus que fazem o aparelho enviar, sem o consentimento do usuário, mensagens de texto para serviços premium. Alguns são capazes até mesmo de apagar as mensagens de confirmação da assinatura de tais serviços, informa relatório da companhia. Pelo menos três novas famílias de malwares com esse objetivo foram identificadas no terceiro trimestre: Android/Wapaxy, Android/LoveTrp e Android/HippoSMS.
O relatório da McAfee confirmou uma tendência que vinha sendo observada desde o começo do ano por diversas empresas de antivírus: o Android é atualmente o principal alvo de desenvolvedores de códigos maliciosos para plataformas móveis. Todas as novas famílias de malwares móveis encontradas pela McAfee entre julho e setembro eram para Android. Foram quase 100. No trimestre anterior foram 60. Quando analisado o total de códigos maliciosos móveis descobertos na história, o Symbian continua em primeiro lugar, com mais de 60% dos cerca de 1,3 mil tipos catalogados. O Android já aparece em segundo lugar, com cerca de 20%.
Análise
Os códigos maliciosos desenvolvidos para Android são distribuídos em lojas de aplicativos independentes e até mesmo no próprio Android Market. A loja do Google não tem o mesmo controle observado em outras app stores, como a do iPhone. A atuação do Google costuma ser mais reativa do que proativa nesses casos. Ou seja, a empresa retira os códigos maliciosos do ar depois de receber reclamações dos usuários.
