O fundo de investimentos Parma, que tem em seu portfólio a Fast Shop, entre outras companhias, fez um aporte de R$ 10 milhões na Vertis, fornecedora de infraestrutura de comércio digital. A empresa deve receber todo o valor até 2017.
A parceria vai dar origem à Fast Channel, que aposta em um mercado com estimativa de movimentar US$ 6,7 trilhões por ano até 2020, o dobro do B2C, segundo projeção da consultoria Frost & Sullivan.
A Fast Channel oferece um modelo chamado DSaaS (Digital Sales as a Service, ou vendas digitais como serviço), que tem por objetivo aumentar as vendas. Na prática, é composto de uma infraestrutura completa de tecnologia e inteligência de e-commerce que substitui ou complementa os canais tradicionais.
"Mais do que uma plataforma tecnológica, incorporamos know-how de vendas e marketing ao ambiente do e-commerce para garantir o sucesso do negócio", conta Mauricio Di Bonifacio, fundador da Vertis que assumiu a diretoria da Fast Channel. O serviço acaba de ser lançado, depois de passar por longo período de maturação.
Outro objetivo da plataforma é otimizar a maneira como as empresas distribuem seus produtos, alavancando a força da própria marca para potencializar o resultado dos canais. "Grandes companhias se relacionam bem com as maiores redes varejistas e distribuidores, mas têm dificuldades em alcançar os clientes corporativos da ponta. Facilitar essa negociação na internet é benéfico para todas as partes envolvidas", comenta Di Bonifacio.
Para o consultor Carlos Bassi, que possui larga experiência na indústria de tecnologia e serviços e atua como advisor na Fast Channel, além de potencializar resultados, o modelo é uma tendência. "A desintermediação é um dos efeitos comuns da transformação digital, mas a otimização dos canais existentes é um passo fundamental e que não pode ser negligenciado — mesmo para as empresas que almejam ter uma relação direta com o cliente no canal digital", explica.
Bassi destaca, ainda, a possibilidade que o DSaaS oferece de potencializar os canais tradicionais de venda por meio de integração de leads e pedidos captados no e-commerce.
O processo de implementação do serviço utiliza uma metodologia inspirada no conceito de startup enxuta, o que possibilita testar hipóteses e crescer a operação de forma gradual. "A estratégia permite a validação do modelo ideal, que é específico de cada indústria, sem a necessidade de investimentos em customização e integração com sistemas legados, reduzindo drasticamente o risco e os custos inerentes a um processo de inovação", finaliza Di Bonifacio.
O modelo de negócio é baseado em comissões sobre as vendas. A expectativa da empresa é alcançar faturamento de R$ 12 milhões em 2017.