O número de reclamações de usuários de serviços de telecomunicações segue em queda e caiu 22,5% em setembro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2021, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No mês de setembro de 2022 foram registradas 133.367 queixas de usuários de serviços de telecom, 38.773 a menos que as registradas em setembro do ano anterior.
Os dados mostram queda em todos os serviços, com destaque para a redução de 19,9% nas reclamações relacionadas à telefonia móvel. O serviço foi o que registrou a maior queda nas queixas, que passaram de 92.855 para 74.385. Já as reclamações relacionadas à TV por assinatura caíram 19% em relação a setembro de 2021 e as reclamações de usuários de banda larga fixa registraram queda de 15,9%.
O maior número de queixas está relacionado à cobrança, que responde por 35% do total. Mas foram as queixas relacionadas à cobrança que registraram a maior queda em setembro, uma redução de 31%. Reclamações relacionadas à qualidade, funcionamento e reparo tiveram redução de 5% e relacionadas à cancelamento queda de 27%.
A simplificação do processo de cobrança faz parte das medidas de autorregulação do setor de telecomunicações. O normativo de cobrança trata da simplificação e transparência das ofertas feitas pelas empresas, o que reduz dúvidas sobre o que é cobrado. O setor também implantou a automação de processos relacionados ao faturamento, como, por exemplo, a emissão de segunda via e envio de comprovante de pagamento.
Outra medida de autorregulação foi a criação da Não Me Perturbe (www.naomeperturbe.com.br), que permite bloquear chamadas de telemarketing de telecomunicações e de oferta de crédito consignado.
"O setor segue registrando altos índices de investimento e, por exemplo, já instalou mais antenas de 5G do que o exigido no edital da Anatel, mostrando o compromisso das empresas com a qualidade do serviço e com a satisfação do consumidor. O resultado disso são quedas sucessivas no número de reclamações mesmo diante do aumento do número de acessos", afirmou o presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari.