Baixa renda representa 72% do mercado potencial do comércio eletrônico

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Os consumidores das classes C, D e E representam 72% do mercado potencial do comércio eletrônico em São Paulo, segundo pesquisa recente do Data Popular e da McCann Ericksonn. O número representa a proporção de pessoas da baixa renda entre os consumidores que têm os meios de fazer compras pela internet (possuem computador e cartão de crédito) mas nunca fizeram.

Para o coordenador da pesquisa, Renato Meirelles, este número indica que o e-commerce no Brasil ainda tem um grande potencial de crescimento. ?Somente na cidade de São Paulo, são 3,1 milhões de pessoas com computador e cartão de crédito que nunca compraram pela internet, sendo que 2,2 milhões delas estão nas classes mais pobres?, comenta o executivo.

Segundo ele, esta, no entanto, não é uma tendência isolada em São Paulo. ?No Brasil todo, a venda de computadores está aumentando, devido à expansão do crédito, e a baixa renda já detém 67% dos plásticos do país?, completa Meirelles. Outro ponto que reforça esta tese é de que a baixa renda impulsionará as vendas de computadores. ?Em 2007, em função das classes populares, a venda de computadores foi 30% maior do que de televisores.?

A expectativa, segundo Meirelles, é que esse mercado ainda aumente muito, à medida que os novos consumidores em potencial se familiarizarem com o ambiente virtual para se sentirem seguros em comprar pela rede. As dúvidas com relação à segurança dos dados pessoais e à entrega dos produtos ainda são os principais obstáculos para o crescimento do e-commerce. De acordo com a pesquisa, em comparação às classes AB, o acesso à internet e aos meios de pagamento é uma novidade para a base da pirâmide.

?Esse público não confia em algo que não pode tocar, além de as notícias sobre fraudes virtuais fazerem com que o consumidor tema divulgar o seu número de cartão, não receber o produto, ou simplesmente comprar errado e não conseguir trocar?, explica o consultor. De acordo com a pesquisa, o principal desafio é tornar o e-commerce tão confiável quanto a venda no varejo. ?Essa é uma relação que ainda precisa ser construída e nesse momento, conquistarão o mercado on-line as empresas que souberem usar a Internet da maneira mais adequada a esse público?, finaliza Meirelles.

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