A Apple encerrou o primeiro trimestre fiscal de 2008, finalizado em 29 de dezembro de 2007, com lucro líquido de US$ 1,58 bilhão, o que representa um crescimento de mais de 50% na comparação com a cifra de US$ 1 bilhão registrada no mesmo período do exercício fiscal anterior. O ganho por ação foi de US$ 1,76, contra US$ 1,14 em 2007. A receita da companhia no período foi de US$ 9,6 bilhões, ante US$ 7,1 bilhões no exercício anterior. A margem bruta de crescimento foi de 34,7%, enquanto a vendas internacionais representaram 45% das receitas totais no trimestre.
Nos três primeiros meses do ano fiscal, a Apple vendeu cerca de 2,3 milhões de computadores Macintosh, o que representou um crescimento de 44% em número de unidades e de 47% em termos de receita em relação a igual período um ano antes. Já a vendas de iPods atingiram cerca de 22,1 milhões de aparelhos, um aumento de 5% em unidades e de 17% em receita, e a de iPhones alcançaram cerca de 2,3 milhões de unidades.
Apesar do desempenho recorde no período, as previsões da companhia para o próximo trimestre estão abaixo do estimado pelos analistas. A Apple disse que espera receitas de cerca de US $ 6,8 bilhões para o segundo trimestre e ganhos por ação US$ 0,94 centavos. As estimativas de Wall Street era de um lucro por ação de US$ 1,09 e receitas totais de US $ 7 bilhões.
O diretor financeiro da Apple, Peter Oppenheimer, deu duas razões para a previsão menor. ?Um declínio nas vendas de software e a desaceleração normal dos negócios depois do Natal?, disse ele ao jornal The New York Times. Na verdade, o executivo disse que as vendas do iPod nos Estados Unidos pouco se alteraram no trimestre, embora as vendas do tocador de música digital no exterior foram muito fortes. Já o iPhone permaneceu como o ponto brilhante para a empresa. De acordo com Oppenheimer, Apple vendeu 2,3 milhões de unidades do smartphone no trimestre e deve fechar o ano com 10 milhões de aparelhos comercializados, como o previsto.
A Apple, contudo, sabe que uma desaceleração da economia é suscetível de atingir as empresas de tecnologia, que dependem do consumo para seus produtos. Na semana passada, a Sprint Nextel anunciou que estava perdendo clientes de forma mais rápida do que o esperado, o que aumentou o receio do mercado de que os gastos com celulares e outros dispositivos móveis devem se retrair em toda a indústria. Intel também foi cautelosa quanto as perspectivas financeiras na semana passada, em parte devido a preocupações com a possibilidade recessão da economia americana.