Consumo de produtos piratas no Brasil cresce 5% em 2008

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O consumo de produtos piratas no Brasil avançou 5% no ano passado, o que representou 8 milhões de consumidores a mais comprando produtos falsificados no mercado nacional, segundo pesquisa da Fecomércio do Rio de Janeiro, realizada em parceria com a Ipsos, multinacional francesa da área de pesquisas de mercado.
Realizado em mil domicílios de 70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas do país, o levantamento mostra que 47% dos entrevistados adquiriram algum produto pirata em 2008, percentual bastante superior aos 42% registrados nos anos anteriores.
Entre os produtos ilegais mais consumidos, o destaque fica para os DVDs que sairam de 53% para 69%. Apesar disso, os CDs, que se mantiveram no topo do ranking de produtos piratas mais comprados, apresentaram um ligeiro recuo, de 86% para 83%.
"O avanço do consumo de DVDs pode ser explicado pelo fato dos filmes antes mesmo de chegarem às telas dos cinemas já estarem disponíveis nas ruas a preços incomparáveis. Não só pelo preço, muito abaixo do mercado, mas também pelo fato de não estarem em cartaz nas locadoras. Some-se a isso a expansão das vendas de aparelhos no país", explicou o presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz.
De acordo com o estudo, 94% dos consumidores de produtos piratas justificaram a compra pelo preço mais em conta, embora esse percentual seja um pouco abaixo do ano anterior, quando o índice foi de 97%. Em compensação, subiu significativamente a parcela dos que responderam que adquirem produtos piratas porque é mais fácil de encontrar, índice que saltou para 15% no ano passado, ante 7% em 2007.
A pesquisa Fecomércio-RJ/Ipsos estimou também o nível de conscientização do brasileiro em relação aos danos causados pela pirataria. Os consumidores sinalizaram que estão ainda menos interados sobre os malefícios provocados pelo consumo desse tipo de mercadoria do que nos anos anteriores.
Para 64% dos entrevistados, o uso de produtos piratas pode trazer alguma consequência negativa, percentual menor do que os 67% observados no ano passado. Já a diferença entre o percentual de pessoas que associa a pirataria ao crime organizado caiu para 68%, em 2008, ante 72% apurados em 2007. Além disso, a parcela das pessoas que acreditam que a pirataria alimenta a sonegação recuou de 82%, em 2007, para 77%, em 2008.
O levantamento pesquisou ainda informações relativas às pessoas que não compraram produtos piratas, que são 52%, percentual inferior a 2007 e 2006, quando eram 58%.
Entre os entrevistados que não adquiriram produtos piratas, a justificativa mais citada (55%) foi a baixa qualidade dos produtos, enquanto que 20% disseram que não compram produtos piratas por conta da falta de garantia. De acordo com o estudo, apenas 5% dos entrevistados afirmaram que deixaram de comprar esse tipo de mercadoria pelo receio de ser punido.

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