A IDC divulgou estudo sobre as tendências para o mercado de tecnologia da informação na América Latina e as projeções de vendas para este ano. Segundo o instituto de pesquisas, o mercado de computadores portáteis deverá contabilizar 43 milhões de unidades vendidas na região, superando pela primeira vez os desktops.
Conforme o relatório da empresa, os netbooks continuarão registrando avanço acelerado e, em alguns mercado como o do México, as vendas devem ficar dividas entre 50% de netbooks e 50% de notebooks. A IDC também aponta que as vendas de smartphones se manterão em alta, fechando este ano com patamar recorde de 11 milhões de unidades vendidas na América Latina.
Em relação ao mercado de banda larga móvel, a consultoria destaca o Brasil, onde o número desse tipo de conexão deve representar 10% do total até o fim do ano. Dessa forma, os investimentos em tecnologias de acesso a web sem fio (wireless) deverão responder por um terço do aporte total em infraestrutura de telecomunicações na região, que será de cerca de US$ 4 bilhões.
Ainda de acordo com as projeções, a adoção de estratégias para uma TI dinâmica, como virtualização e novas implantações para redes IP, será a principal impulsionadora da criação de infraestruturas de cloud computing privadas. Os novos movimentos do mercado farão com que os fornecedores invistam em tecnologias de infraestrutura para ambientes virtualizados. A consultoria considera que os modelos de cloud computing ainda precisam de certo tempo para amadurecer. Por isso, ela prevê que a computação em nuvem terá resultados baixos neste ano. O estudo aponta que 65% dos gastos mundiais nessa arquitetura de tecnologia serão provenientes dos Estados Unidos, enquanto na América Latina esse mercado ainda continuará "incipente", com a maior parte da receita proveniente de aplicações.
A consultoria sinaliza ainda que a busca por equilíbrio entre custo e crescimento estimulará a adoção de ferramentas analíticas de negócios. O relatório aponta que o mercado de software de análise crescerá 12% neste ano na América Latina.
Por fim, em relação ao mercado latinoamericano de hardware, a IDC salienta que, após as dificuldades enfrentadas em 2009 devido a crise financeira mundial, este será um ano marcado por um movimento de consolidação, em que os fabricantes de hardware de menor porte poderão ser adquiridos por distribuidores regionais e internacionais que estão na busca de incrementar a receita, fortalecer a presença na região ou até mesmo ingressar na América Latina.
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