Computação em nuvem ditará modelo de venda de soluções de segurança

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O aumento da adoção de serviços de computação em nuvem (cloud computing) deve influenciar a maneira como as empresas adquirem soluções de segurança, de acordo com um estudo do Gartner. A expansão das nuvens públicas e o aumento das ameaças — tanto às infraestruturas públicas quanto privadas — são alguns dos fatores que contribuirão para essa mudança, principalmente no mercado dos EUA.

“As vulnerabilidades envolvendo cloud computing, virtualização e a substituição de plataformas e hardware aumentarão as preocupações das empresas com segurança, principalmente no que diz respeito às suas redes, no futuro, as quais devem ser cada vez mais baseadas em appliances de segurança (sistema que combina hardware e software para proteção de dados)”, avalia o diretor de pesquisa do Gartner, Ruggero Contu.

A consultoria projeta que, em 2015, 10% dos produtos de segurança corporativa serão entregues por meio da nuvem. O avanço dos serviços de nuvem dessa categoria de produto mostra uma sobreposição em relação ao modelo tradicional de venda de licença de software (on premises). Nos próximos três anos, a redução dos custos operacionais, a flexibilidade de implantação em vários ambientes de TI e a rápida implementação e atualizações do produto são alguns dos fatores que impulsionarão a demanda. O aspecto negativo é que, é que as empresas localizadas em regiões onde a conexão de internet não é confiável ou requer altos níveis de customização terão desvantagem em utilizar essa tecnologia.

De acordo com o Gartner, as maiores oportunidades de mercado envolvendo segurança na nuvem estão na América do Norte. Além disso, com a maturidade desse mercado uma grande variedade de ofertas de segurança ião surgir, tais como de prevenção de perda de dados (DLP), criptografia e autenticação, que estarão disponíveis na nuvem. À medida que novos players estabelecer-se com ofertas inovadoras, jogadores estabelecidos vai olhar para adquiri-los a expandir suas carteiras com novos recursos e manter a competitividade. "

“Apesar disso, a maturidade dessa área envolve uma variedade de ofertas, como prevenção de perda de dados (DLP, na sigla em inglês), encriptação e autenticação, todas disponíveis na nuvem. "Startups poderão se estabelecer com ofertas inovadoras nesses segmentos e as grandes companhias do setor estarão de olho para adquiri-las”, afirma Contu.

O dado novo trazido pelo estudo é que, daqui a dois anos, 20% do mercado de firewall para redes virtuais privadas (VPN) será dominado por switches virtuais em um hypervisor (parte de um firmware ou hardware que cria e opera máquinas virtuais), em vez de um dispositivo de segurança física. Appliances de segurança de rede física, tais como os de mobilidade de servidores e arquitetura simplificada, podem inibir alguns benefícios que os clientes procuram. Portanto, a parceria com fornecedores de hypervisor se tornará crítica para a oferta de switch virtual de segurança de rede.

“Até hoje, o mercado de firewalls virtuais ficou limitado aos data centers, uma minoria no mercado de firewalls. Um impulso para esses provedores está em trazer a tecnologia para switches virtuais e acompanhar seu crescimento”, defende outro diretor de pesquisa do Gartner, Eric Ahlm. Para ele, um aspecto crucial para os firewalls de redes é possibilitr os benefícios dos servidores virtualizados sem comprometer a segurança.

Regulamentação futura

Entre as previsões do Gartner está também a regulamentação de infraestruturas críticas de nuvens públicas pelo governo americano em 2016. O poder público continuará a buscar maneiras de reduzir os gastos operacionais com TI, eliminar duplicação de dados e otimizar recursos de computação.

Diversos governos já criaram projetos para implantar serviços em nuvem, mas ainda não têm experiências significativas de impactos negativos. Na medida em que a economia se torna fortemente dependente de nuvens públicas para atividades de computação cotidianas, ataques a serviços em cloud trarão grandes riscos econômicos e eventualmente irão representar uma ameaça à segurança nacional — por isso, serão enquadrados em normas de alta segurança do governo dos EUA, prevê o Gartner.

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