A Sharp anunciou a demissão de 70 funcionários da divisão de mobilidade na China, embora ressalte que isso não significa que irá se retirar desse mercado, mesmo com a queda acentuada de rentabilidade. A medida, segundo a fabricante japonesa, visa adequar sua estrutura naquele país para economizar custos.
Segundo um membro da comunicação corporativa da empresa, em entrevista ao site chinês National Business Daily, a reestruturação será completada quando a Foxconn, detentora de 10% de participação na Sharp, assumir o controle do desenvolvimento e fabricação dos dispositivos da empresa no país. De acordo com a companhia, o “suporte à marca e às vendas” continuarão a ser prestados normalmente.
Em dificuldades financeiras, a Sharp já anunciou a demissão de 5 mil trabalhadores em todo o mundo. O ano fiscal 2012, com término em março próximo, deve fechar com prejuízo de US$ 5,6 bilhões. Para piorar a situação, a Apple reduziu os pedidos de telas de LCD para o iPhone 5, o qual a Sharp era uma das fabricantes.
A companhia havia desistido da área de mobilidade na China em 2005, mas retornou em 2009 quando concordou em fabricar dispositivos top de linha com a chinesa MTK. Alguns analistas ouvidos pelo The Next Web atribuem o declínio da Sharp ao aquecimento das vendas de aparelhos eletrônicos mais simples, de marcas locais como a Xiaomi, que tornaram os produtos da empresa inacessíveis pelo alto preço.