O governador de São Paulo, João Doria, e os secretários de Estado, Patrícia Ellen (Desenvolvimento Econômico) e Júlio Serson (Relações Internacionais), anunciaram nesta quarta-feira, 22, em Davos, na Suíça, que as empresas Bracell e a farmacêutica AstraZeneca são as primeiras associadas ao Centro Afiliado da 4ª Revolução Industrial. A instalação desse centro, que é o oitavo no mundo, será estabelecida em São Paulo, no campus do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
"Iniciativa pioneira e inovadora do Governo de São Paulo e do Fórum Econômico Mundial. A quarta revolução industrial é um passo para o futuro, gerando empregos, fortalecendo o empreendedorismo e colocando São Paulo na plataforma mundial", afirmou o Governador João Doria durante o Fórum Econômico Mundial.
A medida marca o comprometimento formal da 4ª Revolução Industrial no Brasil, em parceria com a iniciativa privada. A inauguração do escritório no IPT acontecerá durante o Fórum Econômico Mundial para a América Latina, em maio de 2020. Com isso, o Brasil se insere na rede dedicada à governança global de tecnologia junto com China, Japão, Índia, Colômbia, Israel e Emirados Árabes.
"Estamos entusiasmados com o fato do Brasil se juntar à rede do Centro da 4ª Revolução Industrial. Como a maior economia da América Latina, é vista como um modelo para a região. Estamos ansiosos para acelerar o impacto das tecnologias da 4ª Revolução Industrial para que muitos possam se beneficiar", disse o Diretor do Centro da 4ª Revolução Industrial do Fórum Econômico Mundial, Murat Sönmez.
Patricia Ellen enfatizou a importância de elaborar políticas inteligentes e inovadoras. "Esta é uma iniciativa que coloca São Paulo e o Brasil na fronteira da governança global de novas tecnologias. E o papel deste Governo é justamente valorizar e colocar o investimento em ciência e tecnologia como pilar fundamental da retomada da produtividade e do crescimento econômico", afirmou.
Além da Bracell e da AstraZeneca, a Qualcomm está trabalhando com o Fórum Econômico Mundial e avaliando formas de apoiar o Centro.
Inicialmente, o Centro da 4ª Revolução Industrial no Brasil atuará com marcos regulatórios e políticas públicas que acelerem a implementação, no território nacional e no mundo, de políticas de dados, Internet das Coisas, cidades inteligentes, robótica, Inteligência artificial e blockchain. Como parte da rede global do Fórum Econômico Mundial, as equipes trocarão conhecimento e irão acelerar o processo global de adoção de tecnologia.
O Estado de São Paulo e o IPT se preparam para receber essa iniciativa, que está alinhada às ações de todo o Governo no objetivo de estimular a inovação e o empreendedorismo, voltados a projetos com impacto mundial em benefício de toda sociedade.
Projeto CITI
O Centro da 4ª Revolução Industrial faz parte do Projeto CITI (Centro Internacional de Tecnologia e Inovação), que já está em andamento, e tem como objetivo criar o Vale do Silício brasileiro, tornando São Paulo uma referência global em ciência, tecnologia e inovação.