Legado das Águas ganha Prêmio ECO com projeto de rastreabilidade de plantas

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O Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do país, foi reconhecido novamente com o Prêmio ECO, oferecido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham-SP) às empresas que adotam práticas socioambientais responsáveis. O projeto Código Verde, sistema automatizado de rastreabilidade das plantas produzidas pelo viveiro do Legado das Águas, garantiu o prêmio na categoria "Processos".

Reconhecido na edição anterior pelas inovações na gestão da Reserva, sendo destaque na categoria "Sustentabilidade em Processos", o Legado das Águas chamou atenção em 2018 com o Código Verde, projeto que tornou possível garantir o padrão de qualidade durante todas as etapas do processo de produção das plantas, desde a identificação da matriz – planta da qual é coletada as sementes ou material de reprodução vegetativa – até o destino final.

Em uma parceria com a Associação Brasileira de Automação-GS1Brasil, a PariPassu, a Zebra Technologies e a 3M, a iniciativa possibilitou que o processo de rastreabilidade de cada planta das espécies nativas da Mata Atlântica, todas de origem do território do Legado das Águas, até então realizado manualmente, se tornasse automatizado nos padrões de códigos de barra GS1.A identificação das plantas matrizes é um recurso fundamental para garantir a origem e garantia da produção com responsabilidade, conforme preza a legislação.

"Em uma colaboração voluntária de nossos parceiros, foi criado o primeiro processo completo de rastreabilidade automatizado de plantas da Mata Atlântica, que pode ser replicado para outros viveiros deste e de outros biomas. O benefício imediato é ter um inventário detalhado à disposição, com informações sobre tudo que aconteceu com cada lote de plantas. Com a formação do banco de dados, vamos melhorar o sistema de produção, fazendo estudos estatísticos, comparativos e compartilhando dados com pesquisadores", afirma David Canassa, diretor da Reservas Votorantim.

A gerente executiva da Reservas Votorantim, Frineia Rezende, também destacou a relevância da premiação e os ganhos obtidos com o Código Verde. "Ser reconhecido pela segunda vez consecutiva no Prêmio ECO é um marco importante para o Legado das Águas, o que fortalece ainda mais nossa estratégia de gestão de ativos ambientais e geração de valor compartilhado, sempre focando na conservação desta área única de Mata Atlântica nativa, possibilitando pesquisas fundamentais para a perpetuação de espécies da fauna e flora, muitas em risco de extinção", afirma.

O projeto Código Verde já venceu, em 2018, o Prêmio Automação, na categoria Sustentabilidade. A premiação, que é promovida pela GS1 Brasil, reconhece a criatividade e os esforços de empresas e profissionais brasileiros que apostam na automação e na padronização para aprimorar a gestão de seus negócios, com soluções de automação que aumentam a eficiência e a competitividade no mercado.

Localizado no Vale do Ribeira, no interior do estado de São Paulo, o Legado das Águas protege um território de 31 mil hectares, onde cerca de 75% da área de floresta encontra-se em estágio avançado de conservação. Realiza uma série de iniciativas para proteger o ecossistema e promover a geração de valor compartilhado, com atividades de pesquisa científica, produção de plantas nativas, educação ambiental, ecoturismo, proteção de espécies ameaçadas de extinção e o desenvolvimento socioeconômico do território onde se insere.

O viveiro do Legado das Águas, inaugurado em 2016, produz plantas de espécies nativas da Mata Atlântica local destinadas ao paisagismo, tanto para ambientes urbanos como para reflorestamento. Em suas estufas e pátios, numa uma área total em torno de 20 mil metros quadrados, o viveiro tem capacidade produtiva de até 200 mil plantas por ano em tubetes e 30 mil plantas em vasos.

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