A Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportação e Investimentos) está investindo R$ 5 milhões em dois projetos para alavancar os serviços de TI nos Estados Unidos. Os projetos ActMinds e PSI-SW reúnem produtoras de software nacionais interessadas em exportação.
A expectativa de Renata Sanches, gestora de projetos de exportação de Tecnologia da Apex-Brasil, é de que os dois projetos gerem, já em 2006, negócios de aproximadamente US$ 15 milhões, com novos contratos de offshore.
A executiva foi uma das participantes do seminário ?Outsourcing ? As oportunidades e Experiências?, realizado nesta quarta-feira, 22/03, em São Paulo, pela revista TI Inside e pela Converge Eventos.
O ActMinds é formado por 12 empresas da região de Campinas, no interior de São Paulo. Já o PSI-SW, conta com 171 empresas de pequeno e médio portes, com especialidades em diversas áreas, como aviação, saúde, governo, educação e finanças.
Renata diz que o PSI-SW reúne tanto empresas experientes no mercado externo, a exemplo da Politec e da Stefanini, quanto produtoras pequenas que estão se organizando para exportar serviços. Nos dois casos, a Apex apóia orientando as empresas na elaboração de planos de negócios, produção de material promocional e participação de eventos internacionais.
Os investimentos nos dois projetos fazem parte de um plano de ações da agência de fomento para fazer com que o Brasil se torne conhecido no exterior como fornecedor de TI. Renata observa que o esforço do País para exportar tecnologia é muito maior que em outras áreas, como moda e cosméticos, pois se trata de serviço de valor agregado.
Uma das estratégias que o Brasil adotará é convidar CIOs, executivos que têm poder de decisão de compra e formadores de opinião para virem conhecer ?in loco? a produção nacional na área de TI. No ano passado, a Agência trouxe representantes da Casa Branca e do Congresso dos Estados Unidos para visitarem empresas brasileiras e conhecerem aplicações financeiras.
?Os Estados Unidos são referência e temos que fazer com que eles indiquem o Brasil?, diz Renata. Ela lembra o caso de um executivo, em uma feira de Dubai, na Arábia Saudita, que perguntou quem, nos Estados Unidos, comprava do Brasil. ?Faz uma diferença e tanto quando informamos que o Congresso americano conhece nossa tecnologia?.
Além de receber formadores de opinião de fora, a Apex está organizando missões para países alvo e promovendo pesquisas para subsidiar as empresas que querem enfrentar a concorrência do mercado externo.
Mas Renata esclarece que só as ações da Apex é insuficiente caso os empresários não fizerem a parte deles, ou seja, se não estiverem preparados para negociar no mercado externo. Segundo ela, as oportunidades existem, basta que as empresas saibam como aproveitá-las.