A GVT divulgou nesta quarta-feira, 22, os resultados do primeiro trimestre do ano fiscal de 2009. O lucro líquido registrado foi de R$ 26 milhões e a receita líquida, R$ 376,1 milhões, números respectivamente 4,6% e 29,6% maiores em relação ao mesmo período de 2008. O Ebitda ajustado (resultado antes dos juros, imposto de renda, depreciação e amortização) cresceu 31,7% sobre o primeiro trimestre do ano passado, atingindo R$ 141,1 milhões e a margem Ebitda ajustada alcançou 37,5%. O trimestre também marcou reporte de fluxo de caixa livre positivo de R$ 35,8 milhões, contra R$ 40 milhões negativos reportados no mesmo período de 2008. Este é o primeiro trimestre em que a empresa mostra resultado positivo em fluxo de caixa livre desde a abertura de capital, em 2007. "O crescimento está acima das expectativas, mostrando que o negócio foi pouco afetado pelo cenário macroeconômico ao mesmo tempo em que reflete o posicionamento da GVT", avalia o presidente da GVT, Amos Genish. O executivo destaca o aumento da margem bruta no período, a segunda mais alta alcançada em toda história da GVT, com 66,3%. "A margem bruta é o indicador mais importante da rentabilidade dos produtos e serviços da empresa e essa evolução mostra que temos conseguido reduzir custos de interconexão, backbone e IP", explica.
Novas linhas
A GVT fechou março com 2,097 milhões de linhas em serviço, das quais 190 mil foram novas instalações apenas no primeiro trimestre, 49% a mais que em igual período do ano passado. Do total de novas linhas, 83.328 são linhas de voz, 45.057 linhas de banda larga, 38.643 são linhas de dados corporativos e 23.002 linhas VoIP.
Portabilidade numérica
Segundo dados da GVT, entre setembro de 2008 e março de 2009, 82.061 linhas foram ativadas na operadora com a portabilidade numérica, o que representa 38% do total de ativações realizadas em telefonia fixa no Brasil e 60% ao considerar apenas as áreas de presença da GVT. De acordo com a operadora, sua taxa de recepção/doação média é de aproximadamente 7:1. A taxa de ocupação da rede aumentou, em linha com o planejado pela empresa, que neste trimestre investiu R$ 105,3 milhões, valor 28,5% inferior ao mesmo período de 2008. A construção antecipada de novos acessos suportou a nova onda de forte demanda por serviços da GVT na era da portabilidade numérica em áreas mais antigas de presença com baixa taxa de ocupação de rede e aumentou a velocidade de vendas em novas áreas atendidas. "Temos uma grande quantidade de acessos disponíveis construídos e o foco em 2009 é ocupar ao máximo a rede com novos clientes, reduzindo o custo por linha adicional e melhorando o retorno sobre o capital empregado", explica o vice-presidente financeiro e diretor de Relações com Investidores da GVT, Rodrigo Ciparrone. A taxa de ocupação aumentou 4,6 pontos percentuais no fechamento de março deste ano sobre dezembro de 2008, o que reduziu no trimestre o custo por linha instalada na base de clientes. A melhor relação entre receita e investimento foi responsável pela geração de fluxo de caixa livre positivo de R$ 35,8 milhões.
Explosão das altas velocidades
No último trimestre, os clientes da GVT elevaram para 70% a penetração de banda larga na base, com 493.777 acessos instalados. "O índice é similar ao registrado em países da Europa e a meta da empresa é popularizar o acesso a velocidades rápidas compatíveis com as novas aplicações de Internet, com preços acessíveis ao consumidor", revela o presidente da companhia. O aumento expressivo de clientes com altas velocidades de Internet na base da GVT teve início em maio de 2008, quando a empresa descontinuou a oferta de velocidades inferiores a 1 Mbps. Atualmente, 9% da base de clientes tem velocidades de 10 Mbps ou acima, percentual que era 0,1% um ano atrás. O melhor mix de produtos com alta adesão à banda larga e pacotes de serviço reflete na receita média por usuário, que ficou em R$ 134,9 no trimestre. "Vamos lançar uma nova família de velocidades de banda larga variando entre 5 Mbps e 100 Mbps ainda neste ano, baseada em uma combinação única de alto desempenho com melhor preço", sinaliza Genish.
NGS
A receita do segmento de próxima geração (NGS), composto por Internet banda larga, transmissão de dados para empresas e serviços sobre IP cresceu 50,8% no trimestre, atingindo R$ 118,8 milhões. O faturamento dessa linha de serviços representou 31,6% do total da receita líquida da GVT no período – uma evolução em relação aos 27,1% registrados em 2007. O serviço VoIP isoladamente cresceu 29% em receita e atingiu R$ 10,9 milhões. O crescimento reflete o maior foco da equipe VONO, produto de VoIP da GVT, no mercado empresarial, de pequenas e médias empresas.
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