Como a Inteligência Artificial está impulsionando a educação executiva no Brasil

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Há cerca de um ano, o G4 Educação apostou que 2023 seria um ano extremamente vigoroso para a companhia. Ao final do período, crescemos nosso lucro líquido em 51%, superando os R$ 200 milhões em receita, e atingindo a marca de ter formado 45 mil alunos e ajudado a gerar 350 mil empregos através dos nossos alunos em 4 anos de história. E começar a trabalhar com a Inteligência Artificial era uma opção pela inovação. Testar e aprender como ela poderia alavancar ainda mais os negócios da empresa e dos alunos.

Um dos gargalos era como ganhar mais eficiência na área comercial e aumentar a capacidade de converter leads em novos alunos. Ambos, ao final, têm um impacto decisivo na transformação que o G4 Educação almeja para os pequenos e médios empreendedores no Brasil, para os quais oferece conhecimento, ferramentas, além de uma comunidade para trocar experiências e aprender com quem também está à frente de negócios e já passaram pelos mesmos desafios. Do apoio ao mentor, ao aluno, ou às equipes internas, como a comercial, fomos desenvolvendo novas tecnologias e aplicando essas inovações. Sobre elas compartilho dois casos.

  1. Neste primeiro, o time de produtos levou subsídios a um recurso de lA, a fim de melhorar os programas de treinamento. A solução partiu da gravação dos alunos em aulas presenciais. A partir de uma explicação para o modelo sobre como identificar ações e reações de alunos, a tecnologia passou a registrar quando muitos deles estavam fazendo algo diferente do que realmente prestar atenção às aulas. Foi aí que uma decisão sobre como reagir a esse comportamento de dispersão passou a ser tomada, no sentido de fomentar os professores com novas propostas de abordagens. O objetivo é aprimorar constantemente a entrega para o aluno, cujas reações são avaliadas em grupo. Desta forma, conseguimos escalar de maneira prática a capacidade do time de produtos em entender onde e como melhorar as aulas oferecidas, aprimorando a experiência para todos os envolvidos.

  2. No segundo, partimos da identificação de um gargalo que era como ganhar mais eficiência na área comercial e aumentar a capacidade de converter leads em novos alunos. E utilizamos IA da seguinte forma:

  • Começamos a utilizar Inteligência Artificial Generativa para transcrever os contatos iniciais feitos por integrantes da equipe que chamamos de pré-vendedores. Nessas abordagens, estes geravam notas, posteriormente usadas pelos executivos de venda. Ou seja, digitavam anotações enquanto conversavam com o potencial cliente. Isso gerava perda de foco e afetava a qualidade da entrega.

  • Na etapa seguinte, os vendedores usavam como base tais notas, que nem sempre estavam completas com todas as questões relevantes, o que prejudicava seu pitch. Para buscar argumentos que ajudassem na conversão, eles tinham que sair da plataforma para obter contribuições que pudessem ser usadas para quebrar objeções e transformar leads em conversões.

Com a entrada da IA Generativa no meio desse processo, as informações passaram a ser mais confiáveis e úteis. A transcrição da ligação passou a ser analisada por uma IA para extrair e gerar um registro mais qualitativo na plataforma de forma individualizada. O resultado passou a ser um conteúdo muito mais rico para auxiliar o time a quebrar objeções e endereçar a pessoa para o produto mais aderente à dor dela. Houve um ganho em eficiência operacional e inteligência. O desenvolvimento desta plataforma iniciou em maio de 2023 e em agosto do mesmo ano já disponível para uso. A taxa de conversão cresceu 10 pontos percentuais. E obtivemos um impacto financeiro em todas as esferas de interação com IA; desde a implementação em abril de 2023, o faturamento chega a praticamente R$ 24 milhões.

João Vitor, COO (Chief Operations Officer), CPTO (Chief Product & Technology Officer) e Sócio do G4 Educação.

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