A Brasil Telecom aderiu no mês passado ao Pacto Global, ação da Organização das Nações Unidas (ONU) que incentiva a comunidade empresarial internacional a adotar valores fundamentais e mundialmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção em suas práticas de negócios.
Segundo Ricardo K., presidente da operadora, com a adesão da empresa ao pacto, por meio de uma carta enviada à ONU, foi formalizada a intenção da operadora de apoiar e difundir os princípios dentro da esfera de sua influência. ?Vamos nos comprometer a fazer do Pacto Global e seus princípios parte da estratégia, cultura e operações diárias de nossa organização?, afirmou o executivo. ?Nossa proposta é empreender esforços para divulgar publicamente esse compromisso junto a nossos colaboradores, parceiros, clientes e público em geral?.
O Pacto Global foi lançado há sete anos pelo ex-secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, durante o Fórum Econômico de Davos. À época, ele convidou para aderir à ação, sem nenhum custo, agências das Nações Unidas, empresas, sindicatos, organizações não-governamentais e demais parceiros, independentemente do ramo de atuação e do seu porte, para a construção de um mercado global mais inclusivo e igualitário.
Segundo o diretor de Gestão e Recursos Humanos da BrT, Giovanni Foragi, a companhia conta com alguns projetos alinhados aos princípios do Pacto Global. ?Temos uma escola de informática e cidadania, patrocinamos projetos sociais, seguimos um código de ética e conduta, dentre outras ações, além de dirigir projetos de reciclagem, ter um bom relacionamento com o governo e os sindicatos?, elenca. ?Recentemente, conquistamos a posição de empresa de referência mundial, com a obtenção da certificação Sarbanes-Oxley, lei americana que estabelece critérios para companhias que negociam ações na Bolsa de Valores de Nova York?, finaliza.
O Pacto Global utiliza o poder da transparência e do diálogo para identificar e divulgar novas práticas entre empresas, relacionadas a dez princípios universais, derivados da Declaração Universal dos Direitos Humanos, dos Princípios Fundamentais dos Direitos ao Trabalho, da Organização Mundial do Trabalho (OIT) e dos Princípios do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Não se trata de um instrumento regulador ou um código de conduta, mas uma plataforma baseada em valores que visam promover a educação institucional. Atualmente, mais de 2 mil empresas já fazem parte do pacto na Rússia, China, Brasil, Índia, Alemanha, Noruega, Indonésia, Tailândia, Estados Unidos e outros Estados-Membros da ONU.