A SMS Tecnologia Eletrônica, fabricante nacional de equipamentos para proteção de energia, anunciou os resultados financeiros de 2006. A empresa, que acaba de completar 25 anos de mercado, faturou mais de R$ 150 milhões, o que representou um crescimento de 35% em relação ao ano anterior. A meta para este ano é atingir um faturamento superior a R$ 180 milhões.
De acordo com Célia Braz, gerente de marketing da SMS, os resultados superaram as expectativas da empresa em aproximadamente 15%. "No ano passado, comercializamos 2 milhões de unidades, entre os quase 300 itens de nossa linha de produtos", comemora. A executiva atribui o bom resultado ao modelo de negócios da empresa, que tem como meta superar as expectativas de seus clientes e parceiros.
Embora o setor de equipamentos de proteção de energia não tenha dados oficiais, Célia estima que a SMS detenha mais de 45% de participação no mercado de equipamentos de até 10 kVA. "Temos um portfólio de produtos destinados a diferentes segmentos. Dessa forma, garantimos resultados positivos mesmo quando há turbulência em um ou outro mercado" explica.
De acordo com Célia, o mercado de sistemas de energia é crescente e tem se aperfeiçoado a cada dia, com o desenvolvimento de novas tecnologias. Outro ponto que colabora com a expansão do setor é que a demanda por no-breaks e estabilizadores está diretamente relacionada a dois fatores: o aumento da base instalada de PCs e a conscientização dos usuários em relação a má qualidade da energia elétrica distribuída no Brasil. "Cada vez mais, os consumidores percebem as vantagens dos no-breaks. Isso porque, se o estabilizador fornece energia estabilizada para o pleno funcionamento do microcomputador, o no-break ainda garante que o equipamento continue trabalhando por algum tempo, mesmo quando cai o abastecimento. Assim, quando falta energia, é possível salvar um trabalho e proteger as informações necessárias", lembra Célia.
Mas a executiva conta que nem só de bons ventos vive o dia-a-dia do setor. A queixa é sobre a concorrência desleal de alguns produtos importados, de empresas que se beneficiam da lei de informática pelo enquadramento inadequado em alíquotas de ICM. "É uma prática que, claramente, objetiva burlar a legislação para obter benefícios fiscais. E tais benefícios deveriam ser exclusivos aos produtos nacionais", lamenta. Célia diz que as empresas sérias do setor torcem por mudanças governamentais, como a desoneração tributária, além do maior controle no combate às práticas desleais da concorrência. "Dessa forma, será possível acelerar ainda mais o crescimento do setor, gerar mais empregos e melhorar a qualidade dos produtos", finaliza.