É preciso ser atrativo para reter os "tesouros conquistados"

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Não é de hoje que o grande desafio das empresas de Tecnologia da Informação (TI) é reter seus colaboradores talentosos, verdadeiros "tesouros", em um mercado onde faltam pessoas qualificadas, onde o profissional é bastante disputado e onde garantir a permanência desses é uma grande vitória.
Para a empresa que seleciona, treina e capacita um profissional e, depois, vê sua saída da organização, a sensação é de ter perdido todo ou boa parte do investimento feito, seja este financeiro, ou de tempo, entre outros. Mas o pior é talvez ter perdido um talento que faria a diferença para o crescimento da organização.
É necessário saber que o "estigma" de que os profissionais de TI buscam apenas bons salários vem mudando. A média salarial depende muito dos cargos, pois as remunerações têm oscilado muito agora, com o reaquecimento do mercado. É possível falar em um volume muito grande de vagas com remunerações entre R$ 1.500 e R$ R$ 4.000,00, que é media praticada na área de TI. E como não é novidade, empresas de médio e grande porte conseguem, algumas vezes, remunerar um pouco melhor os profissionais de pequenas empresas.
Porém esses profissionais estão procurando por desafios aliados ao prazer em suas atividades. A busca tem sido por empresas que os reconheça, os valorize, que demonstre confiar em sua equipe de colaboradores e que ele possa fazer parte "efetiva", não só dessa equipe como da empresa, se tornando fundamental e estratégico para o sucesso da organização.
Muitas empresas investem em torno de 0,5 a 1 % do faturamento líquido mensal em ações de retenção, motivação e capacitação e isso, com certeza, já é um bom começo.
Com isso, a organização que deseja ter a sua "prata da casa" precisa se preocupar em dar condições para que esse desenvolva seu talento, precisa garantir seu bem-estar e deve ter seus valores difundidos entre líderes e funcionários para que todos se sintam parte da empresa, acreditando em sua missão, e que possam trabalhar em um local onde aquilo que produzam tenha um significado e faça a diferença.
Também é imprescindível ter uma política onde os gestores sejam preparados para "olhar" para sua equipe, conhecendo-os e identificando as necessidades individuais de cada colaborador, pensando na sua capacitação, na realização de treinamentos, no desenvolvimento de um plano de carreira para os mesmos.
Por isso, ações como as que citamos são bem importantes quando praticadas por empresas de pequeno e médio porte que acabam sofrendo muito com a perda de mão-de-obra formada e qualificada por ela para grandes empresas.
Assim, segue um alerta: as empresas precisam ter claro que a peça fundamental para seu sucesso são as pessoas. Por mais que a tecnologia faça parte desse contexto, é preciso estar sempre atento às "ações" de retenção de seus talentos, pois se não realizarem tais práticas correm o risco de deixar a deriva seus "tesouros" para que outras organizações os peguem.

Giovana Strano é diretora da TI Works

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