A Federal Trade Commission (FTC), órgão do governo dos Estados Unidos que investiga contratos comerciais e dados fiscais de empresas e pessoas físicas, decidiu prorogar em duas semanas o período para analisar uma proposta de acordo da Intel para encerrar o processo antitruste contra a empresa. A fabricante de chips é acusada de "criar um esquema de ameaças e recompensas" para que a indústria de PCs use seus produtos.
Com a prorrogação, a FTC terá até o dia 6 de agosto para decidir se aceita ou não a proposta de acordo da fabricante de chips para acabar com o litígio. O prazo inicial terminava nesta sexta-feira, 23.
Os detalhes da proposta não foram divulgados, mas rumores informam que não se trata de punições financeiras, mas sim de imposições à atuação da fabricante de chips no mercado norte-americano (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
O processo em questão foi impetrado em dezembro do ano passado e é resultado de uma investigação de quase dez anos para apurar supostas práticas antitruste da Intel no mercado de chips. A acusação, feita em 2000 pela também fabricante de chips AMD, alega que a companhia norte-americana fazia ameaças e bloqueios comerciais aos fabricantes de PCs que não usavam seus produtos e recompensava financeiramente os que o faziam.
Ao decidir formalizar a ação judicial, a FTC declarou que a Intel adotava "uma postura arrogante frente às regras e princípios para uma justa competição estabelecidos pelo governo norte-americano" e que lutaria para "remediar o mal que a companhia causou aos seus concorrentes, à inovação tecnológica e aos consumidores".
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