Dez meses após ter adquirido, por US$ 1,65 bilhão, o YouTube, o Google decidiu que vai investir na oferta de anúncios ?semi-transparentes sobrepostos? no fundo de alguns videoclipes como forma de gerar receita, aproveitando os milhões de visitantes do site de compartilhamento de vídeo, segundo informou o blog Tech Confidential.
O modelo de anúncio (usado primeiramente pela rival Videoegg) permitirá que YouTube evite os vídeos comerciais online (prerolls) e outras técnicas que tendem a afastar os visitantes, assim como se resguardar de possíveis infrações com os milhões de uploadeds de vídeos.
Os anúncios entrarão nos videoclipes das companhias de mídia que licenciaram seus vídeos para o YouTube, evitando a responsabilidade da empresa pelos anúncios que estão sendo indicados nos materiais com copyright e dando às empresas de publicidade a garantia de que seus anúncios não aparecerão em videoclipes nos quais não quereriam estar associados.
A receita com o anúncio será dividida entre o parceiro de mídia e o YouTube, enquanto o Google destinará às agências de publicidade US$ 20 por cada mil vezes que o anúncio for indicado. Entre as empresas de mídia parceiras, o Google já conta com a Warner Music Group, a New Line Cinema e 20th Century Fox.
A receita do YouTube foi de magros US$ 15 milhões no ano passado, de acordo com o relatório anual do Google. O dinheiro dos novos anúncios poderá cobrir as elevadas despesas envolvendo a operação da companhia de vídeo na internet. E, segundo o editor do blog, George White, pode ser ainda mais importante para o crescimento a longo prazo do Google. Além disso, o YouTube finalmente poderá provar que valeu a pena o preço pago pelo Google.
