Apesar do crescimento consistente, a maioria dos fornecedores de software de business intelligence (BI) e soluções analíticas tinha expectativas maiores de crescimento e demanda no país, de acordo com um levantamento realizado pela ASM do Brasil, fornecedora de serviços para empresas em regime de turnkey. A pesquisa mostra que atualmente o mercado brasileiro está pulverizado entre ferramentas da Business Objetcs, Cognos, Hyperion, IBM, Microsoft, Microstrategy, Oracle, SAP, SAS e outros, utilizados basicamente pelos setores de finanças, setor público, manufatura de consumo, manufatura intermediária, utilities, telecom, serviços e comércio.
De acordo com a ASM, 54% das empresas entrevistadas afirmam que realizarão investimentos em software de BI e soluções analíticas neste ano, sendo que quase 30% delas disseram que comprarão ferramentas de planejamento financeiro, seguidas por sistemas de previsão e otimização de demanda (16%), de gestão estratégica de desempenho (12%), data warehouse (11%), ferramentas analíticas de marketing (10%) e sistemas de custo ABC, de gestão de risco e para integração e tratamento de dados (ETL), citados por menos de 10% delas. O levantamento foi feito com 210 empresas de grande porte pertencentes em sua maioria às mil maiores companhias que atuam no país.
O estudo constatou que o mercado de soluções de planejamento financeiro continuará comprador neste ano devido aos projetos ligados a gestão de performance com indicadores. Isso porque as empresas enfrentam desafios de qualidade de dados e integração, em decorrência da complexidade dos projetos. Além disso, a pesquisa verificou que haverá uma demanda crescente por soluções de BI para gestão de venda direta e indireta e que os usuários continuarão preferindo soluções integradas. As maiores oportunidades para os fornecedores estarão em multinacionais americanas, que reportam dados financeiros para suas matrizes, segundo a ASM.
Quando perguntadas quais são as prioridades de investimento em termos de aplicativos de gestão para este ano, mas de 30% responderam ERP, vindo logo em seguida, com cerca de 20%, BI e, com pouco mais de 10%, software de governança e gestão. Depois, todos com menos de 10% das respostas, vem CRM, mobilidade, consolidação de ativos de TI, portal corporativo e SOA.
Para 2009, as perspectivas para os fornecedores de BI e soluções analíticas são bastante promissoras, na avaliação do diretor de consultoria da ASM Brasil, Bruno Rossi. "Já há uma consolidação bastante grande do ERPs no mercado brasileiro, o que facilita o trabalho com ferramentas de análise de dados, já que estes estão estruturados no sistema de gestão."
Ele observa também que, apesar de haver desafios relacionados ao retorno do investimento (ROI) em BI, ainda existe uma massiva utilização de Excel como principal ferramenta analítica, insuficiente para a complexidade dos negócios atuais. A opinião do analista é que o mercado caminha para adoção de grandes plataformas, em vez do uso de ferramentas pontuais.