A fintech Magie, que criou uma assistente financeira baseada em inteligência artificial integrada a um banco digital no WhatsApp, recebeu um aporte de R$ 22 milhões liderada pelo fundo de investimentos norte-americano Lux Capital. Somando ao investimento anterior de R$ 6 milhões do fundo brasileiro Canary, concluiu sua rodada seed com montante total de R$ 28 milhões.
Com seu banco digital impulsionado por IA no WhatsApp, a fintech facilita transações financeiras, permitindo que os usuários façam Pix, paguem boletos e realizem diversas outras operações bancárias apenas enviando mensagens ou áudios no aplicativo, contando com uma funcionalidade nativa de senha. Desde o seu lançamento no início de 2024, a Magie já movimentou mais de R$ 100 milhões em transações. Inicialmente focada no público de alta renda, a fintech agora traça estratégias para expandir seus serviços a um público ainda mais amplo.
O fundo Lux Capital possui 5 bilhões de dólares sob gestão e tem um dos principais portfólios em IA no mundo, com unicórnios como Hugging Face, Runway e Together, além de fintechs como Ramp, avaliada em 8 bilhões de dólares na última rodada em abril deste ano. Os fundadores da Ramp também investiram na rodada da Magie como anjos.
O aporte será direcionado para reforçar a expansão da Magie no mercado brasileiro, fortalecendo sua infraestrutura de segurança e explorando novas funcionalidades, como a integração via Open Finance, que permitirá a conexão com outras instituições financeiras. Paralelamente, a fintech continuará investindo em inovações tecnológicas, incluindo o reconhecimento facial, para garantir que a experiência do usuário seja cada vez mais segura, eficiente e confiável.
A Magie também lançou recentemente um serviço de rendimento, onde os clientes podem obter ganhos de 100% do CDI diariamente. Essa solução permite que o dinheiro investido comece a render imediatamente, sem necessidade de ações adicionais por parte do usuário, oferecendo uma alternativa mais rentável que boa parte das contas correntes nos grandes bancos.
"A parceria com o Lux Capital veio de forma muito natural. Eles viram no Brasil a oportunidade proporcionada em utilizar inteligência artificial em um setor cheio de ineficiências e falta de alinhamento entre clientes e instituições, mas com ambiente regulatório favorável e alto uso do WhatsApp para distribuição" afirma Luiz Ramalho, co-fundador e CEO da Magie.