Demanda por projetos de energia solar dá sinais de retomada no segundo semestre

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A demanda por projetos de energia solar em telhados e pequenos terrenos de residências e empresas está saindo de um período de readaptação do mercado por conta das mudanças no marco legal e já dá sinais de retomada gradual neste segundo semestre de 2023, com expectativa de crescimento maior no próximo ano. A análise é de Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar, franqueadora com mais de 200 unidades espalhadas pelo País e cerca de 18 mil sistemas fotovoltaicos instalados.

Segundo o executivo, a retomada gradual dos pedidos por sistemas solares passa a ser estimulada pelo aumento recente da tarifa de energia elétrica residencial e a queda nos preços dos chamados kits fotovoltaicos. "Passado esse período de adaptação do mercado em relação à lei 14300 (marco legal do setor), o mercado entra agora, neste terceiro trimestre, em uma fase de estabilidade e a projeção é de ampliação na demanda até o fim do ano", comenta.

Já para o próximo ano, Meyer acredita que o mercado de energia solar reestabeleça níveis mais robustos de crescimento. "Ainda há uma incerteza no preço da tarifa de energia para os brasileiros em 2024, mas há previsão de um ciclo climático mais rigoroso e baixa densidade de chuvas, com um el Niño mais intenso, o que deve reduzir a capacidade dos reservatórios hidrelétricos, elevando consequentemente o custo da eletricidade em todo o País e ampliando a demanda pela energia solar como alternativa de segurança de suprimento e redução de gasto", explica.

"De todo modo, a lei 14300 veio para trazer mais segurança e previsibilidade ao setor de energia solar e, superados esses momentos de ajustes, o marco legal começa a surtir os efeitos positivos, trazendo a demanda de volta com muito mais confiança por parte dos investidores e dos consumidores", acrescenta o CEO do Portal Solar.

De acordo com mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a energia solar nos telhados das residências acaba de ultrapassar a marca de 11 gigawatts (GW) de potência instalada. E os investimentos acumulados nos sistemas fotovoltaicos instalados nas coberturas das casas somam mais de R$ 56 bilhões no País.

A tecnologia fotovoltaica está presente em mais de 1,5 milhão de residências espalhadas em 5.512 municípios, de todas as regiões brasileiras. As conexões abastecem atualmente cerca de 2 milhões de unidades consumidoras da classe residencial.

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