Vale Fertilizantes moderniza gestão de suprimentos e já colhe resultados

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Cinco meses após a aquisição de 58,6% do capital da Fosfertil por US$ 3 bilhões, maior produtora brasileira de nutrientes de fertilizantes, e de 100% dos ativos de fosfato da americana Bunge no Brasil por US$ 1,7 bilhão, a Vale começa agora a se preparar para a segunda etapa de implantação de ferramentas de gestão de suprimentos (supply chain) que vão integrar toda a cadeia produtiva da empresa.
Nessa nova fase, o projeto vai contemplar as quatro unidades da Bunge, que foram incorporadas à companhia no início deste mês. Quando for finalizada a migração dos sistemas da Bunge para o SAP R3 e a implantação do sistema de supply chain das unidades, que está prevista para ser concluída em 30 de julho de 2011, todas elas estarão integradas às outras dez plantas industriais herdadas com a aquisição da Fosfertil.
Assim que assumiu os novos ativos, a Vale sentiu a necessidade de modernizar os sistemas de gestão da cadeira de suprimentos, implementando a solução Infor SCM (Supply Chain Management). A escolha do sistema, de acordo com o coordenador de planejamento e controle da produção da Vale Fertilizantes, Valdemir José Moreira, se deu em razão do custo e dos recursos avançados do software – tais como de planejamento da demanda, da produção, otimização de fórmulas, balanço de utilidades (vapor, gás, energia elétrica e água), transferências, fretes, armazenagem e aquisição de matérias primas, entre outras. "Optamos por uma ferramenta que atende as nossas necessidades com respostas rápidas para a tomada de decisões em todas as operações que envolvam a rede logística da empresa, permitindo também simular cenários", ressalta.
O projeto, na realidade, conta Moreira, começou a ser pensado bem antes da aquisição das duas companhias, mais especificamente em agosto de 2008. Ele diz que a Vale sentiu a necessidade de dispor de um planejamento tático e orçamentário mais acurado com o objetivo de reduzir custos e aumentar as margens. Para auxiliar no processo de escolha da ferramenta, a empresa contratou a Modus, consultoria paulista especializada em gestão da cadeia de abastecimento e, após um longo processo de análise dos sistemas de supply chain, acabou optando pelo software da Infor. "Ele foi o que apresentou a maior adequação aos nossos processos, melhor preço, menor tempo de processamento e melhor modelo matemático", explica o coordenador de planejamento da Vale Fertilizantes.
A implantação começou em junho do ano passado e cinco meses depois já estava concluída, afirma Moreira, ao dizer que tudo ocorreu sem problemas e em tempo recorde. Antes da aquisição da ferramenta, o executivo conta que todo o controle era feito por meio de diferentes planilhas. "Os dados eram passados para o SAP e, depois, a controladoria era feita pela ferramenta SAP BW-BPS. Isso tudo fazia com que levássemos 15, 20 e, às vezes, até um mês para termos o resultado." Agora, com o Infor SCM, além do processo ser automatizado, tudo fica concentrado em apenas um único instrumento. Isso, diz ele, evita erros, oferece informações mais bem estruturadas e traz mais agilidade às tomadas de decisão.
Embora ainda não tenha conseguido mensurar os benefícios tangíveis, Moreira diz ter certeza que a ferramenta trará uma redução de custos e possibilitará uma otimização dos processos. "A ferramenta oferece um modelo matemático que me permite calcular e controlar os preços de matéria primas, fretes e, principalmente, gerenciar a produção de acordo com a demanda." O segredo para o sucesso de qualquer implantação, segundo ele, é ter processos bem consolidados. "E foi isso que proporcionou um grande ganho com a implantação da ferramenta", conclui.

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