Microsoft muda política de privacidade e reacende polêmica de coleta de dados

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A Microsoft atualizou sua política de privacidade sem muito alarde na última semana. Os novos termos mudam a maneira com a qual a empresa coleta informações de seus usuários em produtos online de uso gratuito, como o e-mail, busca, serviços de mensagem instantânea e navegadores.

Com a mudança, a companhia poderá coletar e analisar informações pessoais de um serviço e integrá-las a outro, a uma mesma identidade de usuário (login), por meio do cruzamento de dados de navegação. Ou seja, as informações trocadas no Windows Live Messenger sobre um determinado assunto podem pautar as telas e escolhas quando este mesmo usuário estiver conectado em sua conta no console de jogos Xbox, por exemplo. As alterações propostas pela fabricante do Windows são semelhantes às incorporadas pelo Google em março, alvo de críticas e investigações sobre violação dos direitos dos internautas, que terá inclusive de ser modificada na Europa.

A Microsoft garantiu que não irá utilizar conteúdos pessoais para a entrega de publicidade dirigida. Não haverá, por exemplo, rastreio de conversas em e-mails para oferecer links patrocinados ou banners relacionados ao assunto das mensagens pessoais – ação que o Google realiza.

De acordo com ativistas da Consumer Watchdog, organização não-governamental norte-americana de proteção à privacidade ouvida pelo The New York Times, o problema reside no texto dos acordos de serviço da Microsoft, que permitem essa modalidade de anúncio online. “O que a Microsoft está fazendo não é diferente do que o Google fez. Permite a combinação de dados cruzados em serviços distintos de maneira obscura ao usuário. A Microsoft quer ter a capacidade de compilar dossiês massivos sobre os consumidores e monetizá-los”, acusa John Simpson, membro da ONG.

Em resposta, o porta-voz da Microsoft nos Estados Unidos, Jack Evans, afirma que as intenções da companhia são bem intencionadas. “Por exemplo, analisamos o conteúdo de uma pessoa para melhorar nossos filtros de malware e spam. Também desenvolvemos novas funções e produtos para categorizar mensagens em e-mails ou automaticamente enviar notificações e convites de calendário”, pontua Evans. Ele reforçou que a gigante de software não irá entregar anúncios dirigidos baseados em informações pessoais e, caso isso aconteça, a empresa “será a primeira a informar os consumidores”.

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