Sabemos que a experiência de um usuário está diretamente ligada à reputação e fidelização de um cliente para com uma empresa ou serviço, e isso é algo que vem ganhando cada vez importância dentro do setor corporativo. Aos poucos, o mito de que uma ideia incrível é o suficiente para assegurar o sucesso de um negócio está sendo desconstruído.
E é dentro desse contexto que os profissionais de UX Designers vêm ganhando cada vez mais destaque e notoriedade no mercado de trabalho, pois são eles que asseguram a compreensão das necessidades de um público e que constroem vantagens competitivas para as empresas por meio de experiências de uso agradáveis.
No Brasil, por exemplo, esse mercado ainda é inferior se comparado ao cenário internacional, mas é nítido que as oportunidades para esses profissionais só vem crescendo, principalmente neste ano, atípico para as empresas, que tiveram que se redobrar para contornar a crise que a pandemia do COVID-19 causou em todo mundo.
Uma grande questão que vale ressaltar é sobre a qualidade na educação brasileira, em especial para esses profissionais, em que a maioria dos cursos oferecidos abordam os temas de maneira superficial e formal ou utilizam-se de conceitos e ferramentas desatualizados. Resultado: profissionais mal preparados x alta demanda a suprir. Por isso, ao pensarmos em nos aperfeiçoar em alguma área, é fundamental levarmos em consideração a escolha da instituição de ensino que irá nos propiciar um melhor retorno no futuro e que nos permita uma qualificação profissional que atenda a essa demanda.
Outro ponto é que, ao observarmos que o setor de tecnologia ainda é predominantemente masculino, notamos que há muito a se fazer no que diz respeito a propagação dessa área de estudo. Hoje temos como referência a Vanessa Pedra, que é líder do coletivo Ladies That UX, cujo objetivo é a capacitação e inserção de mulheres neste nicho e que representa essa classe tão importante para o segmento quanto o dos homens.
Já é notório uma mudança nesse cenário, muito embora tenhamos que evoluir tanto na capacitação dos profissionais quanto na adesão ao mercado de trabalho, que carece de bons profissionais e o futuro, sem dúvidas, será dominado pelos UX designers. Prova disso é um levantamento feito pela Nielsen Norma Group, empresa americana de consultoria em interface e experiência do usuário, até 2050 existirão cerca de 100 milhões de profissionais atuando na área.
Com transformações no padrão de consumo, a experiência de compra passa a ganhar relevância para o consumidor e, com isso, as empresas terão cada vez mais espaço para esse profissional tão importante e em ascensão no mercado de tecnologia. Muito mais que uma promessa, o profissional de UX é a solução!
Fábio Muniz, CEO e Fundador da Awari.