A maioria dos brasileiros (76%) acredita que não é preciso estar fisicamente no local de trabalho para ser produtivo, de acordo com pesquisa encomendada pela Cisco. O estudo revela que a preferência dos profissionais do país por trabalhar remotamente está acima da média mundial, que foi de 60%, e só abaixo da Índia, com 93% e China, com 81%. Outro dado que chama a atenção é que 83% dos brasileiros estariam dispostos a trocar salários altos por maior mobilidade e flexibilidade de horário de trabalho. A média mundial para este item foi de 66%.
Realizada com cerca de 2,6 mil pessoas, entre usuários finais e executivos de TI de 13 países (Brasil, EUA, México, Reino Unido, França, Espanha, Alemanha, Itália, Rússia, Índia, China, Japão e Austrália), a pesquisa mostra que mais da metade dos entrevistados em todo mundo (57%) consegue conectar sua rede de trabalho remotamente, com destaque para o grande número de usuários finais da Espanha e Reino Unido (44% em cada um dos países), que afirmaram conseguir acessar informações da rede corporativa de qualquer lugar e em qualquer hora. No Brasil, o percentual chegou a 32%.
A maioria dos usuários finais pesquisados também acredita que os dispositivos fornecidos pelas empresas deveriam estar disponíveis para uso profissional e pessoal. A média mundial foi de 66%; e no Brasil, México e China, de 77%, enquanto que na Índia o percentual chegou a 95%.
Apesar da preferência dos funcionários, quase metade dos executivos de TI entrevistados (45%) em todo mundo afirmou que suas companhias ainda não estão preparadas para prover mobilidade aos empregados.Por outro lado, mais da metade dos profissionais de TI do Brasil (57%) e China (65%) afirmou que suas empresas estão trabalhando no sentido de prover mais mobilidade para seus funcionários. Garantir segurança é o maior desafio na hora de prover mobilidade nas empresas, de acordo com os profissionais de TI. Este item foi o mais citado (57% do total mundial) pelos entrevistados.
O levantamento aponta ainda que, embora 82% dos profissionais de TI tenham afirmado que suas empresas contam com políticas adequadas, 64% dos usuários finais entrevistados acreditam que as políticas de suas empresas precisam ser melhoradas. No Brasil, esse percentual foi de 74%.
O estudo mostra que quase metade das empresas em todo mundo (41%) proíbem acesso a rede sociais, como Facebook, MySpace e YouTube, enquanto que no Brasil está restrição é ainda maior, atingindo 51%. A restrição ao acesso ao Twitter é de 35% no mundo e 37% no Brasil. Para 36% dos executivos de TI dos países pesquisados, e 32% no Brasil, o uso de redes sociais não tem relação com os negócios das empresas, podendo ser uma perda de tempo para os funcionários.
O uso de vídeo como forma de comunicação nas empresas está crescendo rapidamente. Globalmente, 68% dos profissionais de TI acreditam que o uso dessa solução deve crescer no futuro, especialmente entre países como México (85%), China (85%), Brasil (82%) e Espanha (82%). Apesar dessa percepção, 41% dos usuários finais entrevistados ainda não podem utilizar vídeo atualmente nas companhias. Entre eles, 34% esperam utilizar o vídeo como ferramenta de comunicação no trabalho nos próximos dois anos.
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