Sharp oferece maior participação à Foxconn para sua entrada no grupo de acionistas

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A Sharp, fabricante japonesa de telas de cristal líquido (LCD) e televisores, declarou nesta quinta-feira, 22, que está disposta a oferecer uma maior participação acionária para levar adiante as negociações visando a entrada da Hon Hai, subsidiária da Foxconn International Holdings responsável pela montagem de eletroeletrônicos, no grupo de investidores da companhia. De acordo com The Wall Street Journal, a companhia japonesa declarou que a instabilidade de seus resultados financeiros está dificultando o acordo.

Um executivo da fabricante japonesa, que pediu para não ser identificado, declarou ao jornal americano que a fabricante japonesa está disposta a oferecer à Foxconn uma participação maior, acima de 10%, para finalizar o negócio. Na época do acordo original, a Sharp queria limitar a participação a 10%, já que acionistas com participação maior possuem direitos adicionais sobre a empresa, de acordo com a lei japonesa, incluindo o direito de petição para dissolver uma companhia.

A negociação inicial entre as empresas, inicada em março, daria a Hon Hai uma participação na Sharp de 9,9%, que investiria 66,9 bilhões de ienes (o equivalente a US$ 811,7 milhões), ao preço de 550 ienes (US$ 6,67) a ação. Em agosto, as duas companhias divulgaram notas distintas sobre o valor aplicado e causaram insegurança aos investidores sobre a viabilidade do negócio. No mesmo mês, a Hon Hai declinou do acordo, depois que as ações da Sharp tiveram expressiva queda por conta de uma forte retração nas vendas de monitores de televisão e painéis de LCD.

Uma pessoa ligada à Hon Hai disse que as duas empresas estão conversando, mas se recusou a fornecer mais detalhes sobre o assunto. A data limite para o fechamento do acordo original é o fim de março de 2013.

A Sharp vem passando por grandes dificuldades financeiras e divulgou nesta semana a previsão de um aumento nas despesas de aproximadamente US$ 311 milhões devido a execução de seu programa de demissões voluntárias, parte de seus esforços para se reestruturar. A empresa declarou ainda que prevê encerrar o ano fiscal de 2012, que termina em março de 2013, com perda de 450 bilhões de ienes (US$ 5,6 bilhões).

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