Como parte do seu programa de Pesquisa e Inovação, o Hospital Israelita Albert Einstein passa a oferecer aos profissionais de outras instituições setor um curso-treinamento sobre Lean Six Sigma, mostrando com a metodologia pode proporcionar excelência operacional na gestão hospitalar.
A informação é de Éderson Haroldo Pereira de Almeida, gerente de Melhoria Contínua de Processos, durante a realização do 1º Simpósio Internacional de Gestão de Projetos, Processos e Inovação na Área de Saúde, onde foram debatidas e apresentadas soluções de design thinking, gestão de benefícios, inovação e integração operacional.
Explicou como foi desenvolvido o projeto de implantação da metodologia Lean Six Sigma a partir de 2010, com total apoio e envolvimento da alta direção da instituição, contabilizando 474 projetos, dos quais 386 concluídos (81%) e 88 em andamento (19%), o que proporcionou até o momento uma economia de RS$ 70 milhões aos cofres do hospital. Em 2011, ele foi entendido ao Hospital Mboi Mirim, instituição pública gerenciada pelo Einstein.
"Nesse período, 350 profissionais foram treinados, dos quais 233 estão ativos, sendo que 18 tornaram-se Black Belt, a mais alta qualificação dentro da metodologia", explica Almeida.
Em sua apresentação no Simpósio, deu alguns exemplos dos resultados obtidos pelo programa. No centro cirúrgico a equipe reduziu o tempo de intervalo entre aprontar a sala entre uma e outra cirurgia no período manhã de 50 para 30 minutos, o que significou uma receita adicional de RS 15milhoes ao ano e maior satisfação dos médicos, que geralmente disputam o período da manhã para as cirurgias.
Outra iniciativa foi adotada para evitar internação de casos de baixa complexidade, tratando-os como de âmbito ambulatorial, liberando dois leitos para casos realmente necessários, trazendo como consequência a redução de RS$ 1,5 milhão em custos de cada leito.
No setor de laboratório de imagens, o tempo médio de 48 horas para emissão de laudos foi reduzido de 96% do total para 88% dos exames, economia de RS$ 1,4 milhão no ano. "Se pensarmos em termos de EBTIDA total do hospital, isso significaria uma receita adicional de RS$ 10 milhões anuais" explica.
A metodologia foi aplicada na área de faturamento contas, chamada de Projeto Conta Certa, que evitou RS$ 90 milhões em lançamentos errados; 35 milhões em despesas não evidenciadas e RS$ 126 milhões de maneira geral, evitando glosas e despesas não cobradas. "Até no refeitório, que tem um orçamento RS$ 20 milhões anuais, foram economizados RS$ 13 mil mensais como a mudança da forma de como era feito o corte das carnes", salienta.
Almeida explica que é necessário o envolvimento de todas as áreas de gestão da instituição, incluindo médicos e enfermeiras. "O setor de TI tem um papel relevante, adaptando os programas de gerenciamento hospitalar o do ERP SAP", exemplifica.
Curso
O curso de Lean Six Signa para a área de saúde será minitrado em 4 semanas, o primeiro módulo em uma semana; o segundo também em uma semana e o terceiro, em duas. Almeida recomenda que eles não sejam feitas de forma seguida, para que o profissional possa aplicar cada um deles em sua própria instituição, antes de dar prosseguimento ao outro.
Em sua palestra, ele listou alguns tópicos necessários para que a metodologia seja efetiva, como apoio das lideranças; foco no cliente seja interno ou externo; precisa conquistar o envolvimento das pessoas; ter uma visão sistêmica; desenvolver parceria com fornecedores e ter responsabilidade e ética social.
Boa noite!
Solicito informações redetente ao curso Lean Six Signa.
Grata
Maria Helena