Novembro é um mês bastante esperado para todos, já que é uma época que faz jus a um evento que ocorre há alguns anos: a Black Friday. Por ser um período em que diversas promoções e ofertas são aplicadas, o consumidor espera esse tipo de conduta de todos os lados e se prepara para gastar menos, no entanto, essa ocasião também necessita de um alerta: os golpes. Segundo dados do Procon de São Paulo, somente em 2021, mais de 700 reclamações foram registradas.
Nos últimos anos, com o crescimento de vendas, os criminosos cibernéticos evoluíram suas táticas, a fim de tirar proveito dos consumidores. O principal meio de aplicação dessas fraudes são perfis falsos – conhecidos como Phishing-as-a-Service (PHaaS) – que imitam grandes marcas, e têm o intuito de roubar os dados do consumidor. Boletos falsos também entram na lista, já que permitem pagamento de quantias determinadas, e o produto adquirido pelo cliente, nunca chega de fato até ele.
O CEO da Athena Security e especialista em segurança digital, Thiago Cabral, alega que é extremamente fácil ''fisgar'' os consumidores, uma vez que não há conhecimento de todos os fatores. "Páginas que imitam grandes marcas, geralmente possuem um domínio e um link diferente da página original, também podem trazer ofertas vendidas como 'relâmpago' ou até oferecendo crédito extra'', explica.
Uma outra faceta destes casos fraudulentos, é a exposição dos dados do comprador. A Lei Geral de Proteção de Dados é aplicada em grandes marcas e sites, e geralmente é apresentada ao público. Já nos golpes, não é comum receber uma notificação de dados seguros, por isso os dados podem ser vazados mais facilmente.
O especialista dá dicas de como se prevenir neste período: ''é necessário ter cuidado com mensagens de vendas imediatistas; evitar clicar em links ou anexos de e-mails ou mensagens, principalmente se houver erros ortográficos; não enviar informações pessoais por nenhum meio, sem ter certeza da legitimidade da organização; ter o hábito de checar os canais legítimos das empresas para verificar os meios de contato mais indicados, e também aplicativos de acesso; desconfiar de mensagens recebidas sem aviso ou solicitação prévias'', detalha Cabral.
Ainda segundo o CEO da Athena Security, em casos em que a empresa queira se proteger, outras dicas são recomendadas: ''é necessário implementar soluções que impeçam a falsificação de endereços de e-mail – como técnicas antifraude e anti-SPAM -, bem como serviços de monitoramento e remoção de conteúdo malicioso; além disso, é recomendado promover treinamentos e campanhas para reconhecimento de fraudes envolvendo phishing", conclui.
Criar canais exclusivos de reclamações e fraudes tem sido uma tendência entre as marcas, já que essa medida propicia segurança ao cliente, ao ter com quem ''contar'' em casos de suspeitas de golpes.